<$BlogRSDURL$>

sexta-feira, julho 30, 2004

Os craques da Segunda Circular 

Que política de aquisições assustadora. Não fosse ver o Sporting a comprar mais e mais sul-americanos e os adeptos benfiquistas estariam no direito de achar que o seu clube tem a pior política de entre os três grandes.
Primeiro foi a rábula do guarda-redes. Mesmo tendo o guarda-redes da selecção olímpica e, apesar de tudo, vice-campeão europeu, a dupla Veiga-Vieira achou que o jovem jogador precisava não de um, mais de dois colegas de posição para lhe fazer companhia. Não bastava um para o substituir durante os Jogos Olímpicos (função que Yannick podia fazer na perfeição). E aí surgiu Quim, nº2 da seleção. Tendo em conta que o nº1 da equipa das quinas não é propriamente um poço de confiança e autoridade, contratar o seu suplente nunca pode ser uma óptimo negócio. O que fica para a história é que o Benfica tem, neste momento, 3 guarda-redes de primeira-linha do nosso campeonato (leia-se, com capacidade para lutarem pela titularidade). Um exagero.
E agora de uma penada, a contratação de 3 jogadores estrangeiros: dos Santos, Karadas e Everson. O primeiro, com os seus respeitáveis 30 anos, vem servir de alternativa a Fyssas, pouco mais velho.  Será que para substituir o defesa esquerdo campeão da Europa valia a pena contratar alguém com a mesma idade? O facto de o franco-caboverdiano ser ex-jogador do Marselha, clube que estagiou também em Nyon, quase que nos faz pensar se o Benfica não contratou o defesa esquerdo que estava mais à mão...
De Karadas pouco se sabe, para além dos dois bons jogos que fez contra o Benfica. Pode até revelar-se uma excelente contratação, mas, como já disse anteriormente, será que o Benfica saberia sequer da sua existência, se não tivesse defrontado os noruegueses do Rosenborg na Taça UEFA?
Quanto a Everson, no seguimento de Sokota e Alcides, o Benfica contrata um jogador lesionado. Ele pode até não ser mau, mas será que vale a pena arriscar ir buscar um brasileiro de segunda linha a França?
 E, falando em brasileiros de segunda linha, para quê Paulo Almeida? Do futebol brasileiro todos sabemos que é tudo menos agressivo. Contratar um trinco de qualidade para a Europa exige que este sobressaia bastante no campeonato local. E no caso do novo médio encarnado, ser suplente do Santos não parece, definitivamente, um bom cartão de visita.
Para variar, enquanto a Segunda Circular regojiza com Rogérios, Eversons e afins, no Porto contrata-se com qualidade. Quaresma por Deco foi um negócio da China; Raúl Meireles vale por 3 trincos brasileiros; e Pepe, rejeitado pelo Sporting, tem um grande futuro pela frente. Não se pode, mesmo assim, deixar de estranhar a aquisição de Diego. Jogador de qualidade (tal como era Roger) ocupa a mesma posição de Carlos Alberto, contratado na época transacta. Tendo em conta o forte temperamento dos dois brasileiros, a coabitação pode não ser fácil e era evitável. Mas este é um problema de excesso de qualidade e não de falta desta.
Se não forem os treinadores da Segunda Circular a fazerem a diferença, parece-me que o campeão está encontrado por antecipação.     


quinta-feira, julho 29, 2004

Aprende Scolari... 

 

Portugal obtém a quarta vitória consecutiva

A selecção portuguesa dos Sem Abrigo garantiu a quarta vitória consecutiva no Troféu INSP do Mundial da Suécia, ao golear a Alemanha por 11-2.
Os "quinas", motivados pelos triunfos de terça-feira sobre a Eslováquia (10-2) e Suíça (7-6), voltaram a demonstrar bons atributos e o contundente triunfo sobre os germânicos garante o primeiro lugar do Grupo "Espírito de Rua".
No encontro com a Alemanha, Nelson Antunes, com seis golos, voltou a ser decisivo, mas também as exibições de João Baião (4) e Paulo Rua (1) foram merecedoras de fortes aplausos do público presente na Gotaplatsen de Gotemburgo.
Antes do confronto com os alemães, Portugal já se tinha superiorizado à equipa espanhola por 8-6, numa das partidas mais equilibradas do torneio.
No duelo ibérico, Paulo Rua e Nelson Antunes apontaram três golos cada, enquanto João Baião bisou na partida. O guarda-redes Carlos voltou a cotar-se como umas das peças mais influentes, assim como Jorge e Miguel, os suplentes utilizados.
A equipa portuguesa segue agora para os quartos-de-final do troféu INSP, defrontando, em dia e horário por definir, uma das equipas do Grupo "Golo de Prata".
A II edição do Mundial de futebol dos Sem Abrigo realiza-se em Gotemburgo (Suécia), até 1 de Agosto, e conta com a participação de 26 selecções.
Os jogos do torneio disputam-se com apenas quatro jogadores por equipa (um guarda-redes), num espaço ao ar livre de 18 metros de comprimento por 12 de largura. As partidas têm a duração de 14 minutos, divididos em dois períodos de sete.

quarta-feira, julho 28, 2004

primeiro post 

Este acaba por ser o meu primeiro "post", por isso não será mais que um pequeno teste:
Aproveito para me referir ao jogo Benfica- Real Madrid onde queria só destacar 3 ou 4 coisas sobre o Benfica actual: a irreverência dos jovens, finalmente confiantes ao entrar no plantel do Benfica. Camacho criou ess confiança na ligação dos juniores para os seniores. Foi ele que lançou (descobrir não é o melhor termo) João Pereira, o Manuel Fernandes e o Tiago Gomes. Mas o que ele fez já outros podiam ter feito antes...foi uma questão de mostrar confiança neles. Este ano julgo que vai explodir outro jovem e que acompanho há 1 ano e meio (Gil Vicente - 6 meses e Alverca - 1 ano): Bruno Aguiar. Só lhe faltam 2 ou 3 pormenores: soltar a bola na altura certa, jogar menos tempo com posse de bola, posicionamento defensivo como segundo médio e força física. Componentes fáceis de desenvolver por Trapattoni. Até breve.

segunda-feira, julho 19, 2004

Peseiro, candidato a Miss? 

“Com belo treinador, belos jogadores... pode-se ser campeão”
- Tinga ao O Jogo 19/07/04

Pré-época 

Essa maravilhosa fase da temporada. A única altura do ano em que todos sonham: desde o mais pequeno clube da Distrital, ao campeão europeu. Todos aspiram a conquistar mais alguma coisa, a subir, a não descer, a vencer.
Os clubes reforçam-se, os jornais enchem-se de nomes sonantes, de velhos conhecidos de regressados ao clube, de jovens promessas latino-americanas, de craques de outrora ou do futuro (os únicos acessíveis aos bolsos dos nossos clubes). Por cada um dos três grandes saem e entram dezenas de jogadores, se acreditássemos na imprensa desportiva. Essa mesma, que quando já não tem imaginação para apresentar jogadores aos adeptos, se delicia a retratar os treinos de conjunto e os jogos de pré-temporada com os Etoiles Carouges deste mundo, onde as novas contratações são rigorasamente analisadas, apesar de só estarem na equipa há uma semana.  'Hassanssino' era o título de um desportivo há alguns anos quando o egípcio marcou meia-dúzia de golos numa peladinha, número semelhante ao de toda a temporada.
É a altura do ano em que os clubes apresentam as suas maiores aberrações - quem não se lembra de Anderson Luiz, George Jardel, Robaina ou até Alejandro Paz, para só dizer uns poucos?
É a altura em que assistimos aos jogos com os supracitados Carouges, sentados na esplanada, ou em casa, depois de um dia de banhos. Em que lêmos o jornal, acabado de comprar no quiosque da praia, logo pela manhã, ansiosos por ver como se portam os novos heróis, para depois os imitarmos em prolongadas peladinhas de fim de tarde à beira-mar.
No meio de tudo isto, uma vontade enorme de voltar para casa, de ir para o estádio, de ver 'bola a sério', de sofrer 90 minutos por semana. A pré-época é agradável, mas o doentio espaço ocupado pela doentia obsessão do jogo ao fim-de-semana fica vazio, deixando-nos impacientes.
Temos esperança, praia e calor, mas só queremos sofrimento. Vá-se lá compreender um adepto de futebol...
 


domingo, julho 18, 2004

Pedido 

 
 
 
  É sempre assim. No final de uma grande competição futebolística internacional onde Portugal participe, e sobretudo se esta correr de feição para a equipa das quinas – lembro-me apenas do Euro 2000 e do que terminou faz hoje duas semanas – é sempre complicado voltar a vibrar com o início de mais um campeonato nacional, de mais uma Uefa e uma Liga dos Campeões. Qualquer uma destas competições funciona como verdadeira antítese dos grandes eventos. Saltamos de um patriotismo regenerador para o trauliteiro clubismo que nega o outro como tal. Lampiões, dragões e lagartos esfolar-se-ão durante 9 meses, camisolas serão rasgadas, insultos trocados, adeptos esfaqueados, e os poucos que tentarão viver a festa do futebol per se serão tratados como meros acidentes individuais, fugindo de toda a lógica inerente a mais moderna versão da lusitana tribo do futebol.
Queremos menos Loureiros, menos Mourinhos e Jorge Nunos, menos Vieiras e Veigas, menos Cunhas e demais. Queremos mais festa e mais cor, mais adeptos e menos fanáticos, mais paixão, mais bandeiras e cachecóis. Acabem-se com as Juventudes e os Sem Nome, os Super e os Ultras, ponha-se fim ao reinado imprensa/propaganda jornalística, aos programas que vomitam futebol sem sequer falarem do jogo, façam-se mais jogos de dia e menos dias de jogos, salvem a partida e aqueles que gostam de jogá-la, de vivê-la, e de fazer parte dela...

3 novos Misters 

 
 
   Ter na mesma época três novos treinadores nos três grandes é algo que não acontece todas as temporadas. Verdade seja dita, Del Neri, Trappatoni e Peseiro prometem tanto ou mais que os “defuntos” Mourinho, Camacho e Santos. No FCP, a saída de Mourinho é um bálsamo para todos aqueles que apreciam futebol e sabem o que é fair-play. Sou sportinguista, mas facilmente diria o mesmo se o José tivesse levado o clube de Alvalade a metade da glória desportiva com que cobriu o dragão. Mourinho é, e sabe-o bem, malcriado, egoísta, e padece de uma falta de fair-play inigualável no mundo do futebol. É um brilhante treinador mas uma personalidade intratável. Não lhe desejo sucesso no Chelsea. Já Del Neri, o novo Gigi das Antas, é um desconhecido quase total. Imposto por Pinto da Costa – a última vez que decidiu impingir um treinador à SAD portista, saiu-lhes na rifa...Octávio Machado – o antigo treinador do Chievo Verona tem no currículo...hmm...o Chievo Verona. Uma espécie de Nacional transalpino, levou o clube veronês da serie C á Taça UEFA, na esteira de um Peseiro/Mior. Del Neri estará no entanto mais perto do arquétipo representado por Jaime Pacheco do que por Peseiro. Disciplinador, joga tanto para o resultado como o careca do Bessa, apesar dos epítetos de treinador de ataque e jogo-espéctáculo com que foi coberto por grande parte da nossa imprensa. Gigi nunca treinou um grande, perguntar-se-á então, terá estofo para o Porto? A ver vamos. Mas ter o prazer de não ver Mourinho sentado no banco do Dragão será suficiente para exultar.
Da Luz saiu o grande Camacho e entrou o enorme Trappatoni. A escolha não poderia ter sido melhor. Il Trap não é inferior ao Zé Tó, muito pelo contrário. O treinador espanhol, nos antípodas de Mourinho como homem mas também como táctico, teve medíocres passagens por clubes como o Rayo Vallecano, Espanhol e Sevilha, tudo culminado com uma sofrível prestação ao serviço da selecção espanhola. Camacho nunca pôs o SLB a jogar um futebol deslumbrante, longe disso, mas soube ganhar a confiança dos jogadores e recuperar a mística no balneário. Sai pela porta grande, com alguma sorte à mistura. E o que ganha o Benfica com Trapattoni? Muito. Conquista um treinador por demais carismático, com um currículo invejável, que sabe, fala e respira futebol. Um homem que esteve ligado aos melhores momentos do Internazionale e da Vecchia Signora, que ganhou o respeito de florentinos e bávaros, e que, a meu ver, pode ainda dar muito ao futebol europeu. Falhou com a squadra azzurra, mas esta sempre foi um osso duro de roer. Com Trap o Benfica poderia até chegar longe...não fosse a dupla Vieira-Veiga.
Do covil do leão saiu Fernando Santos. Treinador simpático, razoavelmente competente, entusiasmante como meia-dose de Xanax, ficou mais conhecido por andar de terço metido no bolso do que por originais conceitos tácticos e afins. Entra para o seu lugar José Peseiro, ex-Oriental e Nacional, ex-adjunto de Carlos Queirós num conceituado clube madrileno...é bom que se diga, ter no currículo uma passagem como adjunto de Queirós não abona muito em seu favor. Será Peseiro um Vingada sem pilosidades faciais? O Sporting um qualquer Zamalek ou Al-Ahly? Reconheço o meu cepticismo, aliás, em Alvalade já há muito que não se sabe escolher um verdadeiro treinador. Peseiro ensaia um discurso à Mourinho. Peseiro pede reforços no Brasil, de dispensados do São Paulo a suplentes do Mogi Mirim. Para Peseiro, o Sporting é...Peseiro. Ou muito me engano, ou ainda vamos ver o José a treinar o Aris Salónica. Mas por que raio é que ninguém ainda se lembrou de ir buscar o Balakov para treinador?! Sportinguistas, pensem nisso...
  

quinta-feira, julho 08, 2004

Uma visão norte-americana 

A most unlikely champion
Greece takes Euro 2004 title with team greater than sum of its parts
Posted: Monday July 5, 2004 12:41PM; Updated: Wednesday July 7, 2004 1:59AM
Gabriele Marcotti - CNN.Si


With few talents on the level of Girourkas Seitaridis (left), Greece did its best to deny their opponents scoring opportunities, a tactic that led it to the Euro '04 title.
AP

So the unthinkable has come to pass. In one of the most astounding sequences of events in major tournament history, Greece has had its fairytale ending, pulling off what may well be the biggest upset in international competition.

Like Denmark in 1992, a rank outsider has overcome the odds to capture the European crown. But while the Danes' victory was unexpected -- Denmark, which hadn't even qualified for the tournament, had sent its players on holiday only to recall them after Yugoslavia was ousted due to U.N. sanctions -- it perhaps did not defy belief to the same degree as the Greeks' victory.

Denmark boasted two world class players in Peter Schmeichel and Brian Laudrup, who teamed with the likes of Bent Christensen and Flemmin Povlsen, who played regularly in the Bundesliga at a time when limits on foreigners made gaining a spot in a top European league very difficult.

Arguably, the only world class player among the Greeks is Giourkas Seitaridis, and while they do have their share of foreign-based players (Georgios Karagounis, Traianos Dellas, Zisis Vryzas, Stylianos Giannakopoulos, Themistoklis Nikolaidis and Angelos Charisteas), none are regulars in the top flight. Add the fact that winning a 16-team tournament is, if only statistically, a tougher proposition than the eight-team competition it was in 1992, and the magnitude of what Greece has achieved becomes even more apparent.

It's sad that Greece's underdog run failed to capture the imagination of fans outside of the Balkans. In fact, many complained about its conservative tactics, its defend-and-counter approach, as if Greece should have tried to emulate Brazil to please the critics.

The truth is that such accusations of "negative football" should be aimed only at countries packed with the kind of offensive talent upon which their teams are based. It's patently unfair to demand entertainment from this Greek squad. And, bottom line, no matter how Greece's approach did or did not please the eyes, it won, which is the first thing anyone will remember about this tournament.

Coach Otto Rehhagel's men played to their strengths, they found a system that allowed each man to overachieve and, along the way, beat France, the Czech Republic and Portugal (twice). That's what matters. Demanding that Greece dazzle and entertain would have been like demanding that Britney Spears dunk a basketball -- theoretically possible but grossly unrealistic.

Before the book is firmly closed on Euro 2004, spare a thought for Portugal, a team that looked like it had finally conquered the demons of its past and appeared to be playing from strength. The Golden Generation will, most likely, retire empty-handed at the international level. For such a talented bunch, it's hard not to empathize, at least a little bit.

With that in mind, it's time to hand out some awards, based only on what we saw at Euro 2004.

COACH OF THE TOURNAMENT: Otto Rehhagel (Greece)

The only evidence you need is that his game plan worked. The German coach embraced Greece, the players embraced him, and for four weeks, average players performed far beyond their abilities.

Honorable mention: Karel Bruckner (Czech Republic)

The Czechs played arguably the best soccer seen in the tournament, overwhelming opponents with strength, work rate and attack-minded creativity.

GOALKEEPER: Gigi Buffon (Italy)

Once again, he saved the impossible

Honorable mention: Petr Cech (Czech Republic)

RIGHT BACK: Giourkas Seitaridis (Greece)

It's rare for right backs to have such an obvious influence on the outcomes of games. He managed to do so on three different occasions.

Honorable mention: Thomas Helveg (Denmark)

CENTRAL DEFENDER: Ricardo Carvalho (Portugal)

A giant at the back, he did not put a foot wrong after winning the starting position.

Honorable mention: Jaap Stam (Netherlands)

CENTRAL DEFENDER: Traianos Dellas (Greece)

Great leadership, great defending and a timely goal to send Greece to the final.

Honorable mention: Alessandro Nesta (Italy)

LEFT BACK: Ashley Cole (England)

Reached the next level during the tournament, excelling in attack and on defense.

Honorable mention: Marek Jankulovski (Czech Republic)

MIDFIELD: Karel Poborsky (Czech Republic)

As effective as he was in 1996, he is enjoying a productive swan song.

Honorable mention: Cristiano Ronaldo (Portugal)

MIDFIELD: Maniche (Portugal)

Work rate, heart and a stunning goal.

Honorable mention: Thomas Gravesen (Denmark)

MIDFIELD: Tomas Galasek (Czech Republic)

The glue that held the midfield together.

Honorable mention: Frank Lampard (England)

MIDFIELD: Luis Figo (Portugal)

Pace, power, vision and, for better or worse, loads of personality.

Honorable mention: Pavel Nedved (Czech Republic)

FORWARD: Wayne Rooney (England)

He may be overhyped, but he made a big impact in a short period of time -- and he's still just 18.

Honorable mention: Angelos Charisteas (Greece)

FORWARD: Milan Baros (Czech Republic)

Stellar until the semifinal. He converted the Czechs' possessions into goals.

Honorable mention: Ruud Van Nistelrooy (Netherlands)

SPECIAL MENTION: Manuel Rui Costa (Portugal)

Accepted the super-sub role with dignity and scored important goals from the bench. He proved that he is a true team player with the heart of a champion, and seeing him cry in the minutes after the final was one of the tournament's most moving moments.

MISSING IN ACTION

1. David Trezeguet and Thierry Henry (France) -- Weren't they supposed to be the most feared strike partnership in the tournament?

2. Francesco Totti (Italy) -- He only has himself to blame for the boneheaded spitting incident.

3. David Beckham (England) -- Long season took an undue toll. We expected more.

RARE PRAISE

To the referees, who failed to make any major mistakes, especially from the quarterfinals on (unless you're English, in which case you believe Urs Meier is the spawn of Satan).

THREE TO WATCH

1. Arjen Robben (Netherlands)

2. Johann Vonlanthen (Switzerland)

3. Xabi Alonso (Spain)

GOALS OF THE TOURNAMENT

1. Rui Costa vs. England

2. Zlatan Ibrahimovic vs. Italy

3. Jon Dahl Tomasson vs. Sweden


quarta-feira, julho 07, 2004

Será que a Nike foi informada que não costuma nevar em Madrid? E que na Sierra Nevada não se joga futebol? 

Bolas de inverno serão amarelas (O Jogo)

O campeonato espanhol será jogado, entre o fim de Novembro e o fim de Janeiro, com uma bola amarela.
Com a iniciativa pretende-se melhorar a visibilidade da bola, permitindo, assim, melhorar a actuação dos jogadores.

A Nike, fabricante das bolas utilizadas no campeonato espanhol, tenciona, também, “bordá-las” com as cores dos clubes, a colocar nas costuras, e que serão usadas nos jogos de Inverno, em casa.



Visto de Israel... 



It's not the size of the country

By Ron Koffman, Haaretz, Israel



Europe doesn't get it. Nobody bothered to prepare the elite squads in European football for the arrival of an unknown and unranked club - one that lacks glittering stars and a phalanx of public relations and marketing experts - and that such a squad might win a prestigious tournament. Europe now has four years before Euro 2008 in Switzerland and Austria to digest what happened this year. The truth is, Greece's triumph was no surprise.




No doubt Greece's achievement can be seen as a painful failure for Europe's football association, UEFA, which has been taken over by a coterie of power brokers, of wealthy owners of a few of the continent's leading clubs. These owners vie to acquire a few superstars, and this competition has taken a tremendous emotional and physical toll on a few premier figures who play for squads in England, France, Spain, Italy and Germany. Such athletes played this year within several different frameworks: their squad's league championship and cup, the European Champions League, and the Euro tournament. It's little wonder that they eventually cracked under the pressure.

The elite European national teams will recover from Euro 2004's surprising twists; but Israel, which up to four or five years ago ranked itself on the level of Europe's middle-level squads, is moving backward. Turkey and Greece were thought to be on Israel's level a few years ago. Then Turkey reached the semifinal round of the 2002 World Cup in Japan/South Korea, and Greece - in a still more startling development - is now Europe's champion.

The heads of Israel's sports establishment have for the past five decades embraced an excuse concerning the size of the country's population. According to this theory, Israel has trouble competing against countries with greater populations of millions of citizens, such as England, Germany, Italy, Spain and France.

Euro 2004 made of mockery of this inane theory. Latvia, whose population is just 70 percent of Israel's, made a respectable showing in the tournament. Denmark and Sweden, two relatively small countries, are soccer superpowers; and two other small countries, Portugal and Greece, vied in the Euro 2004 final.

Israeli sport in general, and soccer in particular, is plagued by a syndrome of excuse making. Portugal, a backward country by European standards (15 percent of its citizens have inadequate reading and writing skills, 13 percent are unemployed), invested $6 billion in a campaign to upgrade its sports sphere, and it ended up with one of the most impressive athletic infrastructures in the world...



Zago...quê? 



Theodoros Zagorakis, considerado o melhor jogador do Euro do nosso (des)contentamento, acaba de assinar contrato com o Bolonha, depois de mais uma época ao serviço do AEK de Atenas. Com uma efémera passagem pelo futebol inglês, onde alinhou pela equipa do Leicester, Zagorakis vê recompensada uma carreira notável, que culminou na recente conquista do título europeu, com uma transferência para...Bolonha.
Vai ser o delírio nas bancadas do Renato Dall´Ara!!

A Democratização do Futebol 

É verdade que o futebol jogado por esta equipa está longe de empolgar o verdadeiro adepto da redondinha. Que nenhum dos seus jogadores se consegue realmente destacar da mediania geral que caracteriza o grupo. E que nenhuma criança por esse mundo fora pedirá ao seu pai para comprar a camisola azul e branca de tal selecção. Porém, a equipa grega contribuiu sobremaneira para a nova democratização do futebol. Porque se a Grécia ganha um campeonato da Europa contra tudo e contra todos, 24 anos depois de ter disputado a última competição continental e 10 anos depois de ter sido humilhada no mundial americano, e se uma Letónia consegue vergar os alemães vice-campeões mundiais, eliminar a agora poderosa Turquia e assustar os talentosos checos, então porque não imaginar que uma Ucrânia, um México ou mesmo um Japão possam atingir a mesma insane glória alcançada este verão pelos helénicos?
Dentro de 2 anos, quando no Olímpico de Berlim se estiver a disputar a final do próximo campeonato do mundo, poderemos julgar quão longe terá ido a democratização do desporto-rei. Será Brasil-Alemanha ou Portugal-Japão?

segunda-feira, julho 05, 2004

Tu nunca levarás com uma bandeira na cara 


Devo confessar que este post é totalmente parcial e tendencioso. Isto porque, desde sempre, tive em Rui Costa um dos meus ídolos. Foi dos poucos jogadores que me conseguiram cativar, mais do que pela forma como jogava, pela forma como estava em campo. Momentos como o golo na Luz com a camisola da Fiorentina - a primeira vez que vi alguém marcar um golo e chorar - ou o golo de raiva contra a Inglaterra, foram contributos essenciais para manter viva a beleza do futebol.
Mais do que as bandeiras ao alto, Rui Costa simboliza a simbiose perfeita entre adepto e jogador. Ao contrário de outros - Figo, principalmente - o eterno 10 de todos nós nunca escondeu os seus sentimentos: pela forma como se expressa em campo temos sempre a certeza que dá o máximo pela camisola que enverga.
É verdade que já não aguenta 90 minutos ao mesmo ritmo, que tem jogos em que simplesmente não aparece em campo. Mas são essas mesmas fraquezas humanas que tornam cada passe genial, cada golo glorioso, cada finta improvável, em hinos ao futebol. Quando menos se espera, ele aparece, na sua constante elegância, para se tornar decisivo. E quando ele decide assumir a organização de jogo (sim, aquela que Rehhagel assume de fora)? Aí, o futebol entra noutra dimensão. Deixam de ser momentos, para se tornarem em longas-metragens, do mais belo que o futebol tem. Em Itália, tornou mais alegres as tardes de milhões de tiffosi habituados aos soturnos jogos do calcio. Deu vida e alegria onde só existia frieza e objectividade.
Ao contrário de Figo, será sempre recordado como um símbolo do futebol mundial, do futebol-arte porque enquanto o primeiro se limitou a construir o seu nome dentro de campo, o 'nosso' Rui contruiu-o também fora dele.
Neste Europeu, Rui Costa despediu-se da selecção da mesma forma que entrou. Com classe. Soube ser humilde quando necessário e grande quando mais precisávamos. Nunca se queixou de uma substituição e foi com naturalidade que cedeu o lugar a Deco, mesmo sabendo ser tecnicamente muito superior. Contra a Rússia confirmou uma vitória difícil e contra a Inglaterra marcou o melhor golo do Europeu (sim, melhor que o de Maniche, pelo momento, pelo sentimento que a bola levou para a baliza de James) que nos deveria ter dado o apuramento e evitado que tivesse de marcar um penalti que falharia. E ontem, no pouco tempo que jogou, trouxe-nos alegria e esperança. Fez-nos acreditar que ainda era possível, porque com Rui Costa tudo é possível. Mas os deuses do Olimpo não estavam com ele e deram a vitória a quem não sabe o que é a beleza do futebol; a quem nega o legado de Rui Costa. Foi um final imperfeito, para o mais perfeito dos imperfeitos que alguma vez vestiram a camisola das quinas.

O nosso Gigghia 


Jugaron como nunca y perdieron como siempre 



Comentário da TVE à participação portuguesa no Euro2000.

Não sou o único 

Charisteas heads unfancied Greeks into wonderland
By Henry Winter in Lisbon
(Filed: 05/07/2004)


Portugal (0) 0 Greece (0) 1

A tear flowed down the face of the beautiful game last night. An evening that was heaven for Hellas will be remembered as a triumph of tactics over instinct, of set-piece preparation that saw Angelos Charisteas head the Greeks, the 100-1 outsiders as Euro 2004 opened, to the most improbable of victories.


New world order: Greece's Theo Zagorakis receives the trophy
If Greece's moment in the international sun was a success for organisation, good coaching and supreme fitness, last night's show-piece of European football will trigger many laments. Too many dreams were shattered as Portugal's technicians struggled to deal with Greek defending and covering and hounding. One almost expected Otto Rehhagel to stalk Luis Felipe Scolari up and down the dug-out.

Greece have many good players and a clever coach in Rehhagel but they do not quicken the senses like Portugal have done in their run to the final. Watching pictures beamed back from these summer spectacles are where children fall in love with the game, where adults are reminded of the sport's ability to take the breath away. Sadly, too many of Europe's stars have failed to sparkle at Euro 2004 so the sight of Figo and Ronaldo lost in a Greek maze was dispiriting.

The Greek fans had been the first to arrive, swiftly making an immense din which increased as their team dominated a scoreless, slightly soulless game which came to life only when Charisteas struck so memorably in the 57th minute. The Greeks work hard on their set-pieces, and their preparation paid off as Angelis Basinas' right-wing corner was met with a powerful header from Charisteas. The Greek choirs sang the praises of "Hellas" to the heavens.

Until then it had been their defenders impressing. Dellas was outstanding at the back, dispossessing Ronaldo at one point with the aplomb of a seasoned pickpocket. Portugal's flair players were second best, unable to impose their undoubted talents.

Purists' spirits fell. Deco, Figo and Ronaldo kept being ushered down blind alleys where ambushes awaited. Possession stolen, the Greeks would launch their quick counters, the ball flowing from the terrific Stelios Giannakopoulos towards the alert target figures of Charisteas and Zisis Vryzas.

Charisteas, the big Werder Bremen front man, almost scored following a fast break involving Angelis Basinas and Konstantinos Katsouranis but Ricardo sprinted to dive at the feet of Charisteas.

Rehhagel had a game plan and his players were sticking to it with almost military precision. The Greek coach's tactics - a sort of Trojan horses for courses - involved relentless running, hounding and the launch of surprise attacks.

With Katsouranis patrolling the area Deco craves, creativity was marginalised. With Basinas and Theo Zagorakis working dynamically in the middle, Maniche's roving runs were tempered and Portugal were forced to seek out wide. But even out on the flanks, usually fertile pastures for the hosts, the first half proved utterly barren.

Ronaldo and Figo tried switching flanks but both Greek full-backs, Seitaridis and Panagiotis Fyssas, refused to yield. Ronaldo did manage to flick the ball on to the lively Miguel and a rare chink opened in the Greek armour. The Benfica full-back unleashed a firm shot that Antonios Nikopolidis pushed to safety.

Miguel then sadly limped away, having damaged his rib in a collision, although at least the watching Roman Abramovich, Chelsea's benefactor, could then assess whether he has invested wisely in Paulo Ferreira. Abramovich is keen on another Porto defender, the centre-half Ricardo Carvalho, but does not want to pay excessively.

Yet Ricardo Carvalho was found wanting when the muscular Charisteas came visiting just before the hour-mark. So was Costinha, so sluggish of reaction that he was hooked by Scolari shortly afterwards. So was Ricardo caught out, badly so, as his lack of inches and hesitation was ruthlessly exposed.

Scolari had to act. He sent on Rui Costa, who began dribbling at the massed ranks of Greece's defence. Ronaldo strived to open his box of tricks. Figo was anonymous. The Portuguese fans were a bundle of nerves, out-shouted by their hordes from Athens and the isles.

Now Deco tried his luck, guiding the ball forward, desperately trying to lift the white blanket. Then came Maniche, galloping forward, urgently trying to silence the Greek fans. It was breathless stuff, heartrending for the hosts.

Scolari rang the changes again, removing the hopeless Pauleta and introducing Nuno Gomes. Then came a moment of hope for Portugal, like the sun briefly breaking through the clouds, as Ronaldo raced through on goal but lifted the ball horribly over.

Leading the Greek resistance to these waves of Portuguese attacks was Zagorakis, who put in one tackle on Rui Costa that came like a zephyr, leaving the A C Milan player utterly nonplussed as to where the ball had gone. Portugal's fans did everything to lift their players, including a rendition of their national anthem.

Figo came to life, at last putting in a decent cross from the right, although the ever-alert Nikopolidis clutched it from the air and strangled the supporters' celebrations. The Greeks were defending so deep they were almost in the Atlantic and one had to admire their guts. The night was scarred when a supporter ran on, looked to threaten the referee Markus Merk and threw his scarf at Figo. He ended in the Greek net - which was more than the Portuguese could manage. Daily Telegraph

O dia em que o futebol ficou mais pobre 



Este post não é sobre a nossa derrota. Tivesse estado a França, a Espanha ou a Inglaterra e o texto não sofreria alterações. Porque o que se passou ontem não teve nada a ver com Portugal, teve a ver com o futuro do jogo.
Se o exemplo grego é para ser seguido por outros, então não demorará muito até que o futebol se transforme numa modalidade sem interesse. Qual a piada de ir ver um jogo que à partida não terá mais que um golo e de bola parada? Qual o gozo de ir a um estádio quando se sabe que não veremos nenhuma finta espectacular, nenhum passe mágico, nenhuma jogada colectiva 'de belo efeito'?
De nada interessa que os gregos tenham ganho de forma limpa, sem qualquer recurso a métodos alternativos (arbitragens, jogo sujo e afins). De nada serve que nos tenham derrotados duas vezes, empatado com a Espanha e eliminado França e Rep. Checa. A verdade é que a ninguém interessa que sejam campeões da Europa porque eles não jogaram futebol.
O maior mérito que os helénicos tiveram, foi o de terem conseguido ganhar sem saberem jogar a modalidade em causa. Conseguiram algo semelhante a uma vitória de uma equipa de hóquei em patins, constituída por jogadores que não sabem patinar. Como é que isso é possível? Não sei, mas creio que Rehhagel deve saber.
Na verdade, é dele e só dele este campeonato. Não é dos jogadores (podiam ser outros onze), não é da Grécia (que mal sabia que tinha uma equipa no Europeu de futebol) e muito menos do futebol.
Tal como dizia a Marca, após a horrível final da Liga dos Campeões em 2003, entre Milão e Juventus (um hino ao futebol, comparado com a forma de jogar da Grécia): "Devolvam-nos a taça!"

sexta-feira, julho 02, 2004

A maior de todas as surpresas 



Não dá gozo escrever sobre a Grécia. É uma equipa chata, defensiva, mecanizada, sem nenhum jogador de classe superior, em que a melhor unidade é mesmo o treinador, a quem se tem de dar o mérito maior deste feito histórico.
Rehhagel conseguiu criar uma equipa, em torno de um conjunto de jogadores que nunca tinham ganho qualquer jogo numa fase final de um Europeu. Levá-los à final é tão ou mais impressionante que a conquista da Liga dos Campeões por parte de Mourinho. É que o Porto ainda têm alguns jogadores de grande nível, a Grécia não.
A felicidade dos gregos, é contudo a infelicidade do resto do mundo do futebol, que corre o risco de ver como campeã da Europa (ou pelo menos vice) uma equipa que, em termos de qualidade de jogo, isto é, capacidade de praticar um futebol atraente e vencedor, estará entre as piores que pisaram os nossos relvados neste Europeu. A Grécia é o expoente máximo do tipo de futebol que ontem critiquei - comandado fora das quatro linhas, jogado com base no físico e na atitude defensiva. Não há espaço para jogar futebol nesta selecção, não há nenhum nome a decorar, nenhuma estrela em ascenção. Nada. Em termos de atractivo futebolístico, os gregos são um grande espaço branco, como a cor das suas camisolas.
Uns posts atrás, falava no acaso e constatava que tudo se decidia em pequenos momentos de um jogo. A chegada dos gregos à final, aparenta ser isso mesmo, um acaso. A vitória contra Portugal foi estranha, o empate contra a Espanha tirado a ferros e a derrota contra a Rússia, natural. Na verdade, se as equipas do grupo A jogassem entre si 3 ou 4 vezes, a Grécia acabaria em último lugar. A vitória frente à França foi simples, pois os franceses não estavam interessados em permanecer em Portugal, recusando-se a lutar pela vitória. Ontem, depois de um jogo pobre, em mais um lance furtuito, a Grécia decidiu o jogo.
Em 1950, o Brasil perdeu contra uma equipa de nível mundial, com pergaminhos no futebol internacional. No Domingo, se perdermos, nem isso teremos para nos aliviar a dor.

quinta-feira, julho 01, 2004

Calma, que a Taça é nossa 



Estamos na final. Com un equipo firme, sin un gran brillo, pero con una capacidad competitiva indudable (Marca), eliminámos uma Holanda que dá dó. Nunca tinha visto uma Laranja Mecânica tão friamente mecanizada, vulgar equipa do Norte da Europa, sem brilho, sem nada a não ser quatro bons jogadores que, por azar, jogam todos na mesma posição - Makaay, Van Hooijdonk, van Nistelrooy e Kluivert. De Holanda, só se viu mesmo o laranja.
Agora é preciso não entrar em euforias. Os finalistas não fazem parte das listas de honra da história, pelo que os festejos de ontem, se não complementados no Domingo, serão vistos como algo de engraçado, de invulgar, como uma necessidade colectiva de festejar qualquer coisa num país onde nada mais dá razões para celebrar.
Ainda mais duro que não chegar à final, será lá chegar e perder. Que o digam os brasileiros, que sem ser oficialmente a final, perderam para o Uruguai, no último jogo, o Campeonato do Mundo, num Maracanã a rebentar pelas costuras, já lá vão 54 anos. Citado no excelente artigo de Afonso de Melo na revista Dez, sobre Barbosa o 'goleiro' desse Brasil, Luís Fernando Veríssimo diz "Por mais Campeonatos do Mundo que o Brasil ganhe nunca vencerá aquela final de 1950..."
Alex Bellos na sua genial obra sobre o futebol brasileiro, dedicou todo um capítulo só a este jogo, relatando um episódio em que Gigghia (o marcador do golo da vitória uruguaia), herói esquecido no seu país, com uma vida difícl em termos financeiros, chegou ao Brasil, dezenas de anos depois desse fatídico jogo e logo no aeroporto foi reconhecido por uma jovem brasileira, que ainda nem era viva em 1950, como o homem que tinha feito o Brasil chorar - na sua pátria, poucos seriam capazes de o reconhecer...
Para o Brasil do futebol, este é um trauma que nem Pelé conseguiu fazer apagar. Cinco 'Copas' não chegam para a vergonha de 1950. É que o Brasil não só não ganhou, como perdeu - quem joga em casa não só não ganha, como perde. Não existe o meio termo do mérito de ter atingido a final. E o que foi real para o Brasil, pode também ser para Portugal, com a agravante de não sabermos se teremos oportunidade de suavizar esta dor com algum outro triunfo internacional nos próximos anos. Portanto, vamos com calma.


This page is powered by Blogger. Isn't yours?