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quinta-feira, abril 29, 2004

Scolari 

Os Teóricos da Bola vêm por este meio expressar o apoio incondicional a Luíz Filipe Scolari, seleccionador de todos nós. Apesar de ainda não ter ganho qualquer jogo contra equipas qualificadas para a Fase Final do Euro2004 a decorrer, para quem não saiba, em solo português, a verdade é que ainda quase não perdeu nenhum jogo.
Se virmos bem, as derrotas contra a Itália foram resultados perfeitamente normais (quando é que nós ganhámos à Itália pela última vez?) e o descalabro de Guimarães contra a Espanha, foi um simples reflexo da submissão lusa perante Madrid, visível em todos os sectores da sociedade (nem Figo, o nosso maior símbolo, fala português quando recebe prémios).
Quanto aos empates, contra a Inglaterra jogámos em terras de Sua Majestade; contra os helénicos, o nosso ataque não pode ser culpado de não conseguir marcar golos à defesa liderada por esse falso lento lateral-esquerdo do Benfica - Fyssas; o empate na Holanda foi um bom resultado; e contra o Paraguai, tivemos de retribuir o favor de eles terem atravessado o Atlântico só para treinarem com a nossa selecção. Por fim, a Suécia, jogo em que Portugal jogou contra 13 - os onze suecos (que não faziam mal a uma mosca) mais a temível dupla leonina (Ricardo e Rui Jorge) - e que ainda viu o nosso luso-espanhol Figo falhar o 576º pénalti da carreira.
Por tudo isto, consideramos que o percurso da nossa selecção até tem sido bastante positivo.
Deixem o Scolari trabalhar!



segunda-feira, abril 26, 2004

Tiros no escuro 

Quem não se lembra de Nica Panduru, membro daquela equipa que do Steua de Bucareste de 1995, cujos jogadores tentaram roubar vários produtos de um supermercado lisboeta? Numa equipa normal, destacava-se pela qualidade do seu futebol um jovem, algo franzino (coisa que rapidamente se alterou em Lisboa), que fez a cabeça em água aos defesas do Benfica. Na época seguinte estava no Benfica.
Também Sabry, estrela de uma medíocre equipa do PAOK de Salónica, se salientou contra o Benfica, na Taça UEFA, passado algumas épocas. Alguns meses mais tarde chegava à Luz, rotulado com um dos melhores jogadores africanos. Em ambos os casos o resultado foi um tremendo fracasso: Panduru sempre aliou algumas exibições mais bem conseguidas com uma geral falta de empenho. A Sabry o empenho nunca faltou, até porque os jogos do Benfica passavam na TV egípcia e o craque queria fazer boa figura. Contudo as suas fintas nunca convenceram os defesas contrários e com a excepção das vitórias contra o Sporting e contra o Porto, pouco mais deu aos adeptos benfiquistas que alguns momentos de diversão circense.
Agora parece ser a vez de Karadas. Depois de duas exibições convicentes contra o Benfica nos oitavos-de-final da Taça UEFA, está na lista de compras de Luís Filipe Vieira (ou será José Veiga?). Mais uma vez parece estarmos perante um bom reforço para o clube encarnado.
A questão está que todos estes jogadores foram (ou estão para ser) contratados por terem surgido no caminho do Benfica. O facto de fazerem dois bons jogos não significa que sejam jogadores dignos de vestir de águia ao peito.
A ideia que dá é que o Benfica não tem uma política de contratação definida, nem um acompanhamento contínuo das promessas que vão despontado por esse futebol internacional (nem nacional). É visível, pelo número de visitas aos nossos estádios, que os clubes dos principais campeonatos europeus fazem um detalhado acompanhamento dos jogadores que pretendem contratar. Até o Benfica o começar a fazer, terá sempre uma clara desvantagem no mercado internacional, privilegiando os tiros no escuro.

sábado, abril 24, 2004

Tomas Skuhravy 

Quem não se lembra do Sansão de Cesky Brod? Depois de uma gloriosa campanha à frente da (ainda) Checoslováquia no Mundial de 90 em Itália, onde foi o segundo melhor marcador do torneio e só atrás do pequeno "grande" Toto Schillachi, fez mais tarde as delícias das multidões genovesas do Luigi Ferraris, que culminaram na fantástica caminhada do Génova 1893 na edição 91/92 da Taça Uefa. Eliminando poderosos emblemas tais como o Real Oviedo e a dupla de Bucareste - Dínamo e Steaua, tendo o primeiro eliminado o grande Sporting logo na primeira ronda - , só foram parados pelos dignos representantes da laranja mecânica, o Ajax, isto depois de terem também deixado para trás os vermelhos de Liverpool. Depois de 5 épocas de glória na cidade de Cristóvão Colombo, Skuhravy deixou-se tentar pelo jersey de Alvalade. Ó sublime época de glória!Quem não tem ainda bem presente na memória aquele fabuloso remate ao poste numa noite de nevoeiro no Municipal de Chaves?
Hoje, o nosso Tomas é dirigente do emblemático do Viktoria Zizkov, uma espécie de V.Setúbal da actual República Checa.

Tiago

O trinco e o Real Madrid 

É, provavelmente, o jogador que mais despercebido passa ao longo de um encontro, não deixando de ser o mais importante. O trinco é, num sistema táctico, o primeiro elemento do sector defensivo e o primeiro do ofensivo. É a ele que cabe a responsabilidade de roubar a bola aos atacantes da outra equipa; é a ele que cabe íniciar as movimentações ofensivas. Tudo isto, sem necessitar de mais do que duas acções: uma para roubar outra para passar, talvez por isso passe tão despercebido. Sem ele a equipa muda totalmente: a defesa vê-se obrigada a defrontar a avalanche ofensiva contrária; o ataque tem de recuar para recuperar a bola.

Existe no mundo do futebol um jogador que é o paradigma do trinco - Roy Keane. Para além das suas capacidades enquanto líder do grupo, é o elemento mais influente da equipa de Old Trafford. Em Alvalade, quando o Man Utd defrontou o Sporting sem Keane, viu-se bem a diferença de rendimento da equipa. Esta é uma das características do trinco: nota-se mais a sua ausência que a sua presença. Em Portugal, também acontece o mesmo com Petit do Benfica. A subida de rendimento dos da Luz coincidiu com o regresso em pleno do ex-boavisteiro.

Se Roy Keane é o paradigma do trinco, o Real Madrid é-o da equipa sem um. O Real da época passada tinha como jogador mais importante um não-galáctico - Makelele. Sem ser um jogador do nível de Keane ou mesmo do seu colega Vieira, compensava a sua falta de qualidade técnica (abundante no resto da equipa), com uma tremenda capacidade física. Este ano, o presidente do clube empenhou-se em levar Beckham para junto dos outros galácticos, não fazendo nada para impedir a venda de Makelele para o Chelsea. Resultado: mesmo sem o fulgor da época transacta Makelele ajudou a sua equipa a chegar às meias-finais da Liga dos Campeões, enquanto que Beckham e os seus colegas ficaram-se pelos quartos de final. Apesar de possuir uma equipa com Ronaldo, Beckham, Figo, Zidane, Raúl, Casillas e Roberto Carlos, o Real está bem encaminhado para não ganhar nada esta época. Com efeito, tal era previsível a partir do momento em que o meio-campo passou a ser constituído por dois médios ofensivos: Beckham e Guti. Mesmo sob o ponto de vista puramente financeiro, tal gestão de plantel acabou por se revelar danosa. O resultado da venda de milhares de camisolas do 23 britânico, juntamente com a venda do passe de Makelele para o Chelsea, é inferior ao custo da transferência de Beckham, somada a todo o dinheiro que o Real não ganhou por não vencer qualquer troféu esta época.

sexta-feira, abril 23, 2004

E o Deco? 

Zidane, Figo, Eusébio... Já começo a perceber a dinâmica deste site. Anti-tripeiros é o que é. Mais uma vez o mágico 10 dos Dragões é esquecido!

Enfim, coisas do sistema!

Pôncio

Zizou é o nº1 

Numa votação levada a cabo pela UEFA, Zidane foi considerado o melhor jogador europeu dos últimos 50 anos. Concordamos plenamente. Apesar de só termos visto imagens de Cruyff, Beckenbauer, Best, ou mesmo de Eusébio, nenhum deles aparentou possuir a técnica e desenvoltura mental ao nível de Zidane.
Para aqueles que são 'de tempo' desses outros grandes nomes do futebol e que acham que o franco-argelino não devia sequer estar entre os 20 primeiros, gostariamos que fizessem um esforço mental: ponham o Zidane a jogar nos anos 60 ou 70, com tempo infinito para pensar o que fazer com a bola, sem grandes marcações defensivas antes de a receber, ou então, o contrário, Cruyff, Eusébio, Best, Beckenbauer, a jogar nos dias de hoje? Mesmo assim acham que não merece? É por isso que é o desporto número um a nível mundial...
Entretanto, só queriamos manifestar o nosso desagrado por encontrar Beckham nos 25 primeiros, à frente de nomes como Baggio (que crime!), Hagi, Laudrup ou mesmo Figo.

Ele é o nosso presidente 

Entrevistado na TSF, Gilberto Madaíl disse que ainda havia alguns problemas nos estádios do Euro, ao nível das condições para as transmissões televisivas. Até aqui tudo bem. O pior veio a seguir em forma de afirmação não pensada, mas realista: se não houver condições, não há televisão, sem esta não há jogos. Perceberam bem? Sem televisão não há jogos. Será que isto quer dizer que só há Euro porque há televisão?

Árbitros 

Como em outros desportos, o futebol é um desporto cuja aplicabilidade das regras é, obrigatoriamente, flexível. Porque se trata de um fenómeno humano, onde tanto árbitros como jogadores erram dentro de campo. É frequente ver - sobretudo em Inglaterra - o árbitro a obrigar dois jogadores a cumprimentarem-se após uma disputa mais acessa, quando uma leitura cega das regras do jogo ditaria a expulsão de ambos.
Isto não significa que os árbitros devam ser permissivos. Também em terras de Sua Majestade, onde o futebol até é mais durinho que no nosso burgo, uma entrada mais violenta que ponha em risco a integridade física de um atleta, pode ser correspondida por um vermelho directo, onde em Portugal (não exclusivamente) o amarelo seria uma justa penalização.
Tudo isto a propósito da expulsão de Jorge Andrade. Scolari disse que o jogador tinha sido bem expulso, porque o árbitro está lá para arbitrar e não é obrigado a conhecer as amizades dos jogadores. É verdade que está lá para arbitrar, mas se tivesse um pouco mais de pedagogia, ouviria o que os jogadores lhe estavam a dizer. Além de que o próprio gesto do atleta do Corunha, pela forma suave como tocou em Deco, é indicativo da inexistência de qualquer intenção de agressão. Neste caso, como na restante esmagadora maioria, a falta de flexibilidade e pedagogia são, sobretudo, demonstrativos de um autoritarismo defensivo por parte de alguém que sabe que é incompentente no cumprimento das suas funções.

quinta-feira, abril 22, 2004

O Esclarecido 

Para o treinador do Sporting, nem todos os maus resultados do clube se devem aos árbitros. Sem comentários.

O porquê de não os podermos levar a sério 

"A todo esto, el Oporto se empleaba a fondo en el 'otro' fútbol con la anuencia del colegiado Markus Merk, que acabó el encuentro cubriéndose de gloria. En una de las múltiples 'caricias' lusas, Paulo Ferreira mandaba a Luque a las duchas antes de tiempo. Era el minuto 43 y el Depor acusó el golpe". - Marca

"Uma meia-final da Liga dos Campeões merecia uma arbitragem à altura. Não foi o caso. Permitiu muita coisa ao Corunha e se isso já era insuportável o facto de ter tirado um "penalty" ao FC Porto (Mauro Silva derrubou Marco Ferreira) torna-se inaceitável. Mal auxiliado, quase nada este trio alemão trouxe ao jogo". - Record


A vez do Porto 

Desta vez foi o Porto a queixar-se. É verdade que ficou por marcar um penalty sobre o Marco Ferreira, mas a expulsão do Jorge Andrade é para rir. Se o técnico do Porto julga que intimida a UEFA com a sua guerrilha verbal, não vai longe...

quarta-feira, abril 21, 2004

Flora 

Este é o site do do tri-campeão estónio, o grande Flora Tallinn, onde além de um contrato chorudo, todos os jogadores têm direito a conduzir um magnífico Opel Astra amarelo torrado.

O Vale e Azevedo está preso; o Pimenta vai responder a tribunal; o Valentim está para interrogatório. É impressão minha ou falta aqui alguém para completar o quadro? Benefício com venda de jogadores, corrupção, tráfico de influências. Não haverá uma pessoa neste país que reúne em si todas estas características que, avulsamente, têm colocado dirigentes do nosso burgo sob a alçada da justiça?

O Valentim está preso. O mais engraçado é a causa da sua detenção. Pelos vistos só andou a favorecer o Gondomar. Será que ainda se vai descobrir que o Boavista também já foi beneficiado? É que a ser verdade ninguém acredita...

Desculpas de mau perdedor 

O Mónaco derrotou ontem o Chelsea a jogar com dez. O Porto venceu o Benfica o ano passado a jogar com dez. O Braga com 9 ia recuperando de uma vantegem de 3 golos contra o Sporting. O Rio Ave já conseguiu, no reinado de Souness, empatar na Luz a jogar com 8. Agora, há alguém capaz de dizer aos dirigentes, treinadores, jogadores e adeptos de Alvalade que não é por um jogador ter sido mal expulso que o Sporting tem desculpa para a derrota no Bessa?

Gelsenkirchen 

É o jogo do século. Ok, 3 anos depois do início do mesmo, tal feito não será por demais impressionante. No entanto, há que admiti-lo, o vencedor da eliminatória entre o FC Porto e o Coruña terá as portas abertas para uma final que será decerto inesquecível. O provável adversário na final: AS Mónaco, a temível equipa dos Rainiers. O local? A deslumbrante Gelsenkirchen. Mourinho sonha recorrentemente com a imponente Allianz Arena. Pinto da Costa pressiona a UEFA para que o arbitro nomeado para a final seja o reputado internacional albânes Murtaj Strakosha ("Fez um óptimo trabalho no Dragão, os azulejos do balneário ficaram um mimo!"). Jorge Costa tenta aprender a localizar Gelsenkirchen num mapa (com a preciosa ajuda de Vítor Baía, que pacientemente o auxilia a dobrar e desdobrar o mesmo - afinal de contas, são 4 dobras e aquilo não encaixa bem). Entretanto Mourinho vai treinando novas coreografias pessoais que pretende usar em Gelsenkirchen aquando do penálti vitorioso de Deco aos 90+10. Compreendendo que o pseudo-choro convulsivo de Sevilha e os pulos de glória na pista de tartan de punho no ar estão já um pouco "démodés", equaciona agora a possibilidade de rasgar a sua triple marfel azul e lançá-la aos Super Dragões, urrando a bons pulmões que "por vocês estava disposto a morrer em campo!". Reinaldo Teles, por sua vez, não deixará de dedicar a Taça a todos aqueles que fizeram com que o FCP se tornasse um exemplo para o mundo do futebol. "Sem o guarda Abel e José Guímaro, Gelsenkirchen não teria sido possível". É bem verdade. Mas sem a agência Cosmos, o Jorge Costa ainda hoje estava na Avenida da Boavista a aprender a ler mapas."Ó pá, eu vou mas é pra casa c******, ainda por cima vai lá hoje o Weah jantar", terá dito o capitão do Porto, num compreensível desabafo de alguém para quem Gelsenkirchen não passa de uma marca de cerveja holandesa.

Tiago

P.S.- Lamento ter aparvalhado o nosso douto blog, mas como todos terão decerto percebido, o autor desta prosa não é o mesmo que realizou as duas peças anteriores. Prometo que daqui por diante farei um esforço para manter o mesmo grau de infantilidade e de (falta) de sentido de humor que bem me caracterizam.
Amanhã: As verdadeiras razões que levaram Dani a abandonar o futebol - "Tive que escolher, ou chutava na bola ou continuava a escrever as crónicas do Eduardo Prado Coelho" - a não perder!

terça-feira, abril 20, 2004

Liga dos campeões? 

Têm hoje início as meias-finais mais pobres de que há memória em toda a história da Liga dos Campeões. Entre os quatro semi-finalistas, existe uma Taça dos Campeões, a do Porto de 1987. Mónaco e Corunha são dois clubes sem grande historial, enquanto que o Chelsea, apesar de já ter vencido duas Taças dos Vencedores das Taças e uma Supertaça Europeia, só conta com 10 participações em competições europeias (mais uma vez, é o Porto quem lidera a estatística com 37 presenças).
Com a excepção da eliminatória portista, todas as outras foram de uma anormalidade atroz. O Real Madrid foi eliminado por um mediano Mónaco, que em 100 ganha 1 vez aos do Bernabéu. Por seu turno, o Milan caiu aos pés de um Corunha que marcou quatro golos em quase tantas ocasiões de golo. O Chelsea teve a sorte de jogar com uma equipa do mesmo país (e da mesma cidade) o que torna qualquer eliminatória imprevisível, mesmo a nível europeu. Só o Porto teve uma eliminatória normal, defrontando uma equipa de nível semelhante, mas com uma menor experiência na Liga dos Campeões.
Tudo isto conjugado deu a aberração que temos de suportar hoje e amanhã.
Para quem sonhava com um Milan-Porto e com um Real Madrid-Arsenal, a desilusão foi enorme. Para quem somente quer ver o Porto campeão europeu, estas meias-finais não podiam ser melhores.
Curiosamente, o Porto passou de outsider a principal candidato, provavelmente, a primeira vez que tal acontece com uma equipa portuguesa.
Aguentará a pressão?

A Taça 

Na edição de Março da revista World Soccer, Brian Glanville lamentava-se da falta de consideração do Bolton pela FA Cup, ao fazer alinhar, numa eliminatória, 9 jogadores das reservas, quando esta equipa até tem um longo historial na competição. É claro que isto não é nada comparado com a decisão do Man Utd, patrocinada pelo governo de Londres, de não participar na histórica competição, para se poder deslocar ao Brasil com o objectivo de disputar o Campeonato do Mundo de Clubes, invenção do Sr. Blatter que se viria a revelar um tremendo fracasso.
Na verdade, ambos os casos fazem parte de um padrão que se começa a definir no futebol europeu - o da secundarização da taça. O fim da Taça das Taças e a crescente concentração mediática e financeira da Liga dos Campeões têm feito com que os clubes apostem tudo no campeonato e nas competições europeias. Hoje em dia é mais importante para um clube de topo ficar no quarto lugar - desde que este dê acesso à liga milionária - do que vencer a Taça do seu país. A verdade é que tal fenómeno vai contra tudo o que futebol representa e contra as bases na qual este se alicercou para se tornar num desporto global. A emoção de uma vitória em Wembley ou no Jamor, depois de uma competição onde estiveram envolvidas todas as equipas do país, é agora menos importante que ficar em segundo lugar, tendo assim acesso à pré-eliminatória de uma competição onde o principal objectivo é ganhar dinheiro. Vamos ver até onde isto nos leva...

segunda-feira, abril 19, 2004

Num país onde quem escreve sobre futebol é Presidente da Câmara ou estrela do jet set, ou ambos (vocês sabem bem do que estamos a falar), decidimos, jovens de ideias fortes que pretendem mudar o mundo (da bola), criar um blog onde finalmente se escreve alguma coisa de jeito (a Leonor Pinhão que se cuide). A imparcialidade será praticamente nula, mas, em compensação, a pluralidade clubística estará bem representada em cada um dos seus autores. Até sermos convidados para escrever num jornal desportivo ou aparecermos num programa de televisão como 'paineleiros' a ganhar 1000 euros ao programa, podem ir desfrutando dos nossos doutos pensamentos.

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