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sábado, dezembro 24, 2005

Quaresma 


Sempre disse que o Ricardo Quaresma, com oportunidades para jogar, tornar-se-ia, rapidamente, no melhor jogador do Porto. Nem o golo contra o Benfica na Supertaça do ano passado serviu para convencer os treinadores que passaram pelo Dragão. Nesse aspecto, o actual 'mister' portista tem tido mais visão... e pontos.

Este árbitro é um cego 

O Nuno Gomes não meteu mão à bola, mas tentou!

quarta-feira, dezembro 21, 2005

o improperio portugues 

Quem assistiu na televisao ao ultimo Arsenal-Chelsea teve a oportunidade de testemunhar a ascensao do 'improperio portugues' no escalao maximo do futebol mundial. Longe vao os tempos em que o improperio esconso so encontrava o seu lugar em regioes limitrofes da Iberia - vide Toni, entao treinador do SLB, em declaracoes aos jornalistas no final de um Desportivo de Chaves - Benfica do inicio dos anos 90. Mesmo com casos Saltillo, declaracoes emocionadas de Queiros sobre 'porcaria' no celebre anfiteatro milanes ou a lenda urbana de um qualquer guarda Abel, nunca antes tinha o futebol luso chegado tao longe e tao alto na sua qualidade 'improperial'. Highbury Park entra assim para a historia, e logo agora que esta em vias de ser demolido. O 'Foda-se pa!!" de Jose Mourinho, lancado pelo mesmo quando da marcacao do primeiro golo do Chelsea ( em simultaneo com violentos e repetidos movimentos do braco e antebraco direito) foi mais que um grito do ipiranga. Consumou-se uma autentica transmutacao cosmologica do lexicon portugues trauliteiro para as mais altas esferas do futebol planetario. A piada, obviamente, reside no facto de apenas meia duzia de portugas que provavelmente assistiam ao jogo pela televisao terem testemunhado tal acontecimento. Mesmo no 'improperio', continuamos orgulhosamente sos.

terça-feira, dezembro 20, 2005

Disparidades 

18 clubes de Superliga, 18 Capitais de Distrito em Portugal Continental (fora ilhas). Já sabemos que o país é assimétrico, regionalmente diferenciado e que o litoral prevalece sobre o interior e o norte sobre o sul.Mas, se metermos lado a lado o mapa de Portugal e o da Superliga por regiões dos clubes desse escalão deparamo-nos com uma disparidade enorme e deveras preocupante.Não há nenhum distrito do Interior português representado (na II Liga apenas temos o Chaves de Vila Real e o Covilhã de Castelo Branco, sendo que os flavienses sobrevivem com grandes dificuldades). Em 36 equipas, distritos como o de Bragança, Viseu, Guarda, Portalegre, Évora e Beja (um terço dos distritos) não se encontram representados e, pior que tudo, se formos analisar a situação das principais equipas destes distritos deparamo-nos com falências, abandonos e últimos lugares de 3ª divisão...Se olharmos para os anos 80, apenas vemos que, de clubes de capitais de distrito, só Académico Viseu, Farense e Chaves (contando que representa Vila Real) tinham expressão. O Juventude e Lusitano de Évora, o Estrela Portalegre e o Vianense (para citar alguns) já tinham saído do panorama nacional e passado a um plano mais regional.Não seria normal as câmaras apoiarem os clubes da sua zona? Não há um valor pré-determinado que se encontra canalizado para o futebol daquela região? O que verdadeiramente se nota são apoios autárquicos e aí clubes como o Gondomar, Marco ou Felgueiras sempre sobreviveram com base nesses apoios. Aliás, é impossível não associar a este tipo de clubes os construtores civis dominantes de cada região. Se olharmos para os presidentes de Juntas de Freguesia e de clubes regionais, a grande maioria são pessoas ligadas ao sector da construção civil.A construção dos estádios do Euro-2004 também não ajudaram à descentralização. A derrota da candidatura de Viseu em benefício da de Aveiro na recta final das decisões veio arruinar por completo a ilusão de evolução no interior.Olhando para a Espanha vemos cada cidade representada por um clube e poucos são aqueles que, estando no 1º escalão, não sejam representativos de uma grande cidade (Villarreal parece-me ser a excepção, sendo que, por exemplo, o Getafe é de Madrid o que torna natural a sua estadia na 1ª, tal como a do Estrela da Amadora da Superliga por razões óbvias). Mas se olharmos com atenção, vemos a Galiza, a Andaluzia, a Catalunha, o País Basco e a Estremadura devidamente representados no escalão maior.Hoje, quando olhamos às falências de Tirsense, Farense e Salgueiros, à ruína de Setubal e Estoril concluímos que o mal não é geográfico...é de gestão: desportiva, municipal e autárquica.

quinta-feira, dezembro 15, 2005

mas nao seria melhor ter um preparador fisico de jeito? 

"Desde os tempos do romeno Laszlo Boloni que o Sportscode faz as delícias das equipas técnicas do Sporting. Na Academia de Alcochete, a actuação dos jogadores em treinos e jogos é minuciosamente tratada por este "editor de vídeo que pode ser trabalhado online, durante os jogos, ou a posteriori", explica ao DN Pedro Mil Homens, responsável pela academia leonina. Este software, um investimento de cerca de 15 mil euros, "é um instrumento de vídeo facilmente utilizável pelos treinadores", refere o dirigente, "pois fornece dados quantitativos e cria compactos de vídeo de cada acção dos jogadores". Pegue-mos num exemplo concreto ao intervalo de um jogo, Paulo Bento pode analisar os cruzamentos de Rodrigo Tello, pegar no rato e desenhar no ecrã do computador a trajectória correcta, em oposição à trajectória efectuada. No dia seguinte a cada jogo, os jogadores sabem que têm à disposição uma pasta com relatórios e CD-ROM sobre a prestação de cada um. Ainda assim, não é o último grito da tecnologia. O Chelsea de Mourinho, por exemplo, utiliza o Prozone, um sistema de 8 câmaras instaladas no estádio e que regista automaticamente a movimentação de todos os jogadores em campo. "Em Portugal ninguém tem, porque é muito caro para ser suportado só por um clube. Só se a Liga fizesse um acordo com a empresa para instalar isso em todos os estádios", diz Pedro Mil Homens. Mas o Sporting está já atento a um novo software "revolucionário" (datatrackx) que se anuncia para a área da análise dos jogos, baseado na tecnologia militar de detecção de movimentos." in Diario de Noticias, 15/12/2005

segunda-feira, dezembro 12, 2005

o telefonema 

"Leonardo Pisculichi foi uma das revelações do segundo turno do campeonato argentino, o Torneio Clausura, destacando-se a ponto de ser alvo da admiração de, nem mais nem menos, Diego Armando Maradona, também ele um "produto" do Argentinos Juniors.

Quando o clube do bairro de La Paternal venceu fora de casa o poderoso Boca Juniors, "El Pibe" pediu mesmo a camisola a "Piscu". Desde então, Maradona e Pisculichi falam regularmente ao telefone." in O Jogo, 12/12/2005

A ultima perola descoberta por Carlos Freitas promete. Existem 3 boas razoes para confiar neste 'Piscu'. Primeiro, nao 'e chileno. Segundo, fala regularmente ao telefone com Deus. Terceiro, tem um nome engracado. Ah, e uma quarta: Nao vem do Atletico Lanus(lembram-se de Julian Kmet?)

sexta-feira, dezembro 09, 2005

Capitão Bicho 

Jorge Costa sai hoje pela 2ª vez do Porto pela porta pequena. Um facto estranho ver o capitão de equipa, no clube há 14 anos, ser "convidado" a saír pela 2ª vez por um treinador que está no clube há menos de 1 ano. Foi assim com Octávio (que diga-se de passagem enfureceu o "bicho" de tal forma que este atirou a braçadeira para o chão aquando da sua substituição num jogo em casa frente ao Setubal), foi assim com Co Adriaanse. As razões da dispensa penso que são iguais, mas os argumentos apresentados (alguém se chegou verdadeiramente a justificar?) diferentes: Ambos treinadores queriam ser a figura de proa dentro do balneário e por isso temiam a força do "bicho" junto dos colegas. Co Adriaanse justificou-se com "Jorge Costa já não é o que era", Octávio limitou-se a dizer que haviam soluções no plantel e que a proposta do Charlton era boa para todos.De qualquer das formas, o mais importante nestes processos é a tomada de posição do presidente Pinto da Costa: Ninguém lhe pede que vá contra as decisões do treinador que contrata. Se o contratou é porque confia nele. Também não se espera que assuma uma posição oficial ao lado de Jorge Costa, mas e em relação ao facto do nome de Jorge Costa ter surgido na 1ª lista de dispensas de Co Adriaanse e ter sido vetada pela direcção? Terá sido mesmo verdade? Se calhar Pinto da Costa deu um tempo a Co Adriaanse para provar que estava certo e que Jorge Costa já não era necessário.
Mas será que o Porto (e Pinto da Costa obviamente) não perde com a saída de Jorge Costa? Parece-me que sim. Sai um homem devoto ao clube, um líder exemplar, o patrão do balneário, um confidente da direcção.Ficará o Porto órfão de pai no balneário?
Chegará Vitor Baía, Pedro Emanuel e Ricardo Costa (há alguém mais que o possa fazer?) para passar a mística? São perguntas de resposta teórica óbvia, mas falta confirmar na prática o que vai acontecer...

quarta-feira, dezembro 07, 2005

Balneário Explosivo 

O empresário de Robinho veio a terreno criticar Florentino Perez pela saída de Wanderlei Luxemburgo. Referiu que Roberto Carlos não tem suplente à altura, os laterais direitos Michel Salgado e Diogo não têm categoria e a dupla Helguera-Pavón é um...pavor!
Como se não bastasse, terminou dizendo que há um problema no balneário madridista: "Helguera, Guti e Raúl não gostam dos brasileiros e isso prejudicou Luxemburgo"

Já sabemos que o balneário madridista sempre foi uma bomba-relógio (principalmente porque a base espanhola da equipa sempre foi problemática - Helguera, Portillo, Morientes, Guti, Raúl - mas, se sempre foi assim, qual a razão de juntar a Beckham, Owen e Woodgate e adensar a lingua brasileira com Luxemburgo e Robinho?

palavra de rei 

"Na final de 1962, por exemplo, quando o resultado da final da Taça dos Campeões Europeus, entre o Benfica e o Real Madrid, estava em 3-3, os encarnados beneficiaram de uma grande penalidade. Eusébio, 20 anos, sentiu-se confiante para bater o castigo máximo e é uma delícia ouvi-lo contar, 43 anos depois, as cenas que se seguiram: «Disse, em dialecto, ao senhor Coluna que queria marcar o penalty e pedi-lhe que solicitasse autorização ao senhor Águas para que fosse eu a bater a falta. ‘Oh Lalai’, era assim que Coluna tratava Águas, ‘o miúdo quer marcar o penalty’, ao que este levou as mãos à cabeça ao mesmo tempo que Guttmann, desesperado, atirava o chapéu ao chão. Impávido, Coluna mandou-me marcar a grande penalidade. Foi aí que o guarda-redes do Real Madrid veio ter comigo a chamar-me maricón, maricón e cabrón, cabrón. A segunda coisa, eu sabia o que era, mas como não era casado, não me importei. A primeira, como não sabia o significado, fui perguntar ao senhor Coluna. Ele disse-me que não me importasse e fosse marcar o penalty. Assim fiz, marquei golo – a seguir ainda fiz o 5-3 – e fui cumprimentar o guarda-redes, muito admirado com o meu gesto, depois do que me tinha chamado...» " in A Bola, 07/12/05

sábado, dezembro 03, 2005

uma adivinha 

Discurso simples, mao no balneario, empatia com os jogadores, sem medo de arriscar ou de jogar feio: Augusto Inacio, 1999/2000; Paulo Bento 2005/2006

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