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terça-feira, dezembro 12, 2006

E agora? 

Fora da Liga dos Campeões e a 11 pontos do Porto (potencialmente reduzivel para 9), Fernando Santos conseguiu o já esperado feito de deixar o Benfica praticamente arredado da luta pelos principais troféus da época (ainda não está arredado da Taça porque ainda não começou...) ainda antes do fim do ano.
Milagre seria que algo de diferente acontecesse. É curioso o facto de as pessoas lidarem com o Benfica e com Fernando Santos como se se tratasse de uma época normal, em que o Benfica tinha aspirações ao título. A contratação de Fernando Santos foi, desde o primeiro minuto, o atirar da toalha ao chão. Não está aqui em causa o eventual valor do engenheiro do Penta. Manuel José, Souness, Heynches, Koeman e outros também tinham valor e nada conseguiram. Treinar o Benfica é certamente das profissões mais ingratas e difíceis no mundo do futebol (sem exageros). O Benfica é sempre obrigado a apresentar-se como candidato ao título, outro discurso não é aceitável por parte de uma base adepta que sempre associou o clube a sucessos desportivos. Perante um contexto em que o principal rival consegue ter um orçamento de mais do dobro, tendo exactamente as mesmas ou menos obrigações em termos desportivos e com menos solicitações para os jogadores, como é o Porto em relação a Lisboa, a missão é naturalmente complicada. Não cabe neste caso ao treinador avaliar tudo isso na decisão de aceitar o cargo; cabe a quem escolhe o treinador ter essa noção quando define o perfil do treinador a contratar. O treinador do Benfica tem de ter provas dadas enquanto treinador ao mais alto nível; tem de saber unir o plantel em torno de objectivos; em suma, tem de merecer a confiança e sobretudo uma dedicação a toda a prova por parte dos seus jogadores. E Fernando Santos não cabe neste perfil. Será que alguém repará nisso antes do fim da época ou veremos o Benfica a oscilar entre jogos miseráveis e raras vitórias graças aos contra-ataques de dois jogadores que teriam lugar em vários grandes da Europa, como é o caso de Simão e Miccoli?
Vi ontem o Chelsea contra o Arsenal. Achei curioso o facto de não duvidar por um minuto que o Chelsea mesmo depois do golo iria reagir de forma demolidora: marcou um golo (e que golo) e levou uma bola à trave e outra ao poste. Faltou a sorte que costuma acompanhar Mourinho, mas ficou bem patente o seu trabalho junto dos jogadores. Alguém acreditaria que este Benfica podia alguma vez reagir daquela forma?

terça-feira, dezembro 05, 2006

Natal 2006 


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