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quinta-feira, agosto 31, 2006

A sua Gamebox inclui enterro? 

O Hamburgo, seguindo as pisadas do Boca Juniors, decidiu comecar a construir um cemiterio junto das imediacoes do seu estadio para uso exclusivo de socios e simpatizantes do clube. Segundo consta, cerca de 500 adeptos do Hamburgo ja manifestaram o seu interesse em garantir um jazigo de familia.
Agora, imagine-se que o Benfica pega nisto...6 milhoes de potenciais mumias.
So uma pergunta: sera que os cemiterios em questao tambem terao direito a naming rights?

Ode aos pequeninos 

Provando-se que a historia tambem ´e feita pelos pequenos, o Levadia Tallinn, segundo clube mais importante da Estonia, logrou a semana passada um feito historico para o futebol do seu pais. Tornou-se a primeira equipa a conseguir passar duas pre(sim, pre) eliminatorias da Taca UEFA, indo agora disputar a ultima pre-eliminatoria durante o mes de setembro com o poderoso Newcastle United. Ora, para qualquer adepto comum de futebol, sobretudo em portugal, este facto sera irrelevante ou mesmo anedotico. Mas esquecemo-nos porem que em muitos paises onde o futebol tem pouca expressao(leia-se aqui poucas vitorias, pois expressao popular tem e muita), vitorias como este sao o equivalente a chegada as meias-finais de um Mundial pela nossa seleccao. o FC Haka da Finlandia(clube que eliminou na 1a eliminatoria) e o Twente da 1a divisao holandesa(eliminou na segunda) sao o equivalente a uma seleccao inglesa e holandesa, a um Liverpool ou Man Utd.
Do mesmo modo, tem-se discutido ultimamente o porque da participacao de seleccoes pequeninas nas fases de qualificacoes para europeus e mundiais. Um jornalista do Guardian, numa antevisao do jogo Inglaterra-Andorra do proximo sabado em Old Trafford, pergunta se seleccoes como a da Andorra(que apenas venceu 1 jogo competitivo em toda a sua historia) merecem disputar as fases de qualificacao. Servia-se tambem do facto de a seleccao de Andorra apenas conseguir levar um maximo de 1500 pessoas ao seu estadio aquando dos mesmos jogos de qualificacao(media superior a maioria dos jogos da primeira liga portuguesa, com excepcao dos grandes).
Meus senhores, alguem se lembra de um Azerbaijao-Portugal que quase perdemos durante a fase de qualificacao para o Euro-2000? Ou da vitoria das Ilhas Faroe sobre a Austria no seu primeiro jogo oficial? Da derrota da campea mundial Italia as maos da Eslovenia durante a fase de qualificacao para este ultimo mundial? da vitoria retumbante da Albania sobre a campea europeia Grecia ha apenas 2 anos? Poderia continuar aqui com uma lista infindavel..poderia mesmo (re) lembrar ao jornalista ingles o facto da Macedonia quase ter ganho a sua Inglaterra numa das ultimas fases de qualificacao, e em casa!(no St Mary´s em Southampton..acabaram por empatar).
Sem pequeninos, o futebol seria muito menos interessante.

FIFA para quem? 

Na sequencia do post anterior, sai agora a noticia que o Finlandia-Portugal da proxima quarta feira pode ser anulado confirmando-se um possivel castigo da FIFA a FPF por ter permitido que o Gil Vicente fizesse uso dos tribunais civis no caso Mateus. A situacao ja vai para la do anedotico. Nao ´e de agora que a FIFA demonstra ter comportamentos de nivel mafioso. Alias, a FIFA apenas mantem o seu sujo monopolio sobre o futebol mundial devido a complacencia de muitos outros dirigentes de cariz mafioso que dominam os principais clubes mundiais (uma mao lava a outra).
Para quando a suspensao da FIFA? Para quando uma actuacao dos tribunais civis europeus sobre esta organizacao mafiosa que asfixia o jogo bonito?

segunda-feira, agosto 28, 2006

Vítimas-consumidoras 

Quando o Belenenses foi surpreendentemente arredado da I Liga na última jornada da época 2005/2006, apesar da tristeza de ver dois históricos descer na mesma época, sobrava a alegria de ver a saúde do nosso campeonato, onde ninguém estava a salvo de nada, onde a competição era para todos. Puro engano. Na verdade, a época 2005/2006 não só não acabou aí, como ainda continua, entrando pela época 2006/2007 adentro.
Independentemente de quem tem razão, fica a nu toda a incompetência que gira em torno do futebol português, para não dizer internacional. A nível nacional soa a inacreditável que uma decisão relativa à época anterior seja tomada a dois dias do início da época seguinte. Só por este facto cabeças deveriam rolar na Liga, mas não rolaram. Em termos desportivos a Liga simplesmente não cumpriu o seu dever, não zelando pelo bom funcionamento da competição. Mas mesmo para quem não liga muito a esse tipo de questões, podia ao menos ligar à dimensão económica que gira em torno do futebol. Quando começa o campeonato inglês sabe-se à partida todos os adversários, dias, horas e canais em que os jogos vão ser transmitidos. Coisa simples que não exige muito mais do que usar a cabeça para fazer um planeamento anual, quando o sorteio para o campeonato já o é. Imagine-se agora esta lógica aplicada a Portugal. Não basta o facto de normalmente só se saber os dias e horários dos jogos poucos dias antes de estes se realizarem, como agora já temos casos de não se saber quem é o adversário. Casos no plural, pois atendendo ao que está a acontecer no Caso Mateus, o mais natural é que as equipas que na próxima semana iam jogar com o Gil Vicente fiquem como o Benfica esta semana ficou, sem saber muito bem o que fazer. Podem pelo menos ter o bom senso de não se pronunciarem de forma triste, como fez o Presidente do Benfica.
Mas não só a nível nacional levanta este caso problemas. A nível internacional o recurso do Gil Vicente aos tribunais vem lançar o debate sobre a autoridade da FIFA para querer impedir os clubes de o fazerem. Em boa verdade, também a esse nível a competência entre os dirigentes não é grande, com a agravante de se limitar a um restrito grupo de pessoas - Havelange, Blatter, Platini e pouco mais. A mais importante instância não-governamental do mundo é gerida de forma opaca e tenta que a nível nacional essa mesma opacidade seja regra. Essa tentativa de fazer com que os clubes vivam no mundo da fantasia teve já graves consequências, quando o mundo do futebol acordou para o caso Bosman, só para dar um exemplo.
A FIFA pretende que os clubes obedeçam às regras nacionais quando se trata do pagamento de impostos e que tenham em consideração as necessidades da nação quando se trata de libertar jogadores a peso de ouro para as selecções nacionais fazerem jogos de preparação contra os Cazaquistões do nosso mundo, mas não querem que usufruam das regras e do Estado de Direito que vigora nos seus países quando se trata de verem os seus direitos garantidos. Não sei quem tem razão no caso Mateus, tal como não sei se a Juventus tem razão para recorrer aos tribunais em Itália. Sei contudo que nem os organismos nacionais, nem os internacionais dão segurança suficiente aos clubes para que estes se limitem às instâncias do futebol. E se se pretende que estes não sejam tratados de forma diferente quando se trata de lhes exigir responsabilidades perante o Estado, não se pode então exigir que estes não usufruam dos seus direitos quando necessário.
O que em última análise toda esta situação faz transparecer é a total desadequação das instituições do futebol à realidade do século XXI, tanto a nível nacional como a nível internacional. Alguém aprenderá alguma coisa com tudo isto? Ou continuarão os adeptos a ser as vítimas do costume, sem saber se o seu clube desce ou sobe, sem saber se no dia a seguir hão-de fazer 400 km para ir ver um jogo para o qual até já tinham bilhete, sem nada poder fazer, como no caso italiano, quando a sua equipa é relegada para a segunda divisão por mau comportamento dos seus dirigentes, sem que estes sejam devidamente responsabilizados pelos seus actos?
O que é mais curioso é que são estas mesmas vítimas que sustentam a economia do futebol,comprando cativos, camisolas, revistas e gastando boa parte do ordenado ora em viagens ora em em assinaturas de canais de televisão com os exclusivos de encontros que se disputam à Segunda-feira à noite. São, o que poderíamos chamar, de vítimas-consumidoras.

sábado, agosto 19, 2006

Paco 

A noticia de que pela primeira vez em 72 anos teremos todas as equipas da primeira divisao treinadas por portugueses fez-me imediatamente pensar no pequenote de bigode farfalhudo...o que ´e feito de Paco Fortes?

sexta-feira, agosto 18, 2006

Ora mentes tu, ora minto eu... 

É importante quando nos aparecem as hipóteses e, posteriormente, os factos consumados que, analisemos o que realmente se passou e em que termos isso aconteceu. Da mesma forma que critico negativamente os jornais pelas constantes atrocidades que cometem, também sei reconhecer quando falam verdade. Assim foi no caso Jesualdo.

Desde o início (remonta a dia 10 de Agosto, penso eu) que se soube que ele era a escolha de Pinto da Costa. Lembro-me perfeitamente de ouvir na edição da noite de Bola Branca da RR, João Loureiro, no dia das eleições da Liga, a dizer que não tinha havido nenhum contacto sobre o Jesualdo "pela minha palavra de honra". Estas foram as 5 palavras mágicas para o que o comentador Pedro Sousa, locutor da RR, disse a seguir: "Jesualdo vai mesmo para o Porto". E começou a debitar a carreira do técnico. Nessa altura, pensei: "É preciso descaramento. Então o presidente do homem diz que ele não sai e que nem sequer houve negociações, e a RR dá o facto como consumado. Tudo bem que é um Loureiro mas mesmo assim..."

Durou 5 dias a resistência à verdade que havia sido anunciada. Desde a ida a Inglaterra para defrontar o Fulham que era noticiado a reunião no Porto entre Pinto da Costa e João Loureiro. O pecado deste até nem foi desmentir porque isso é a arma do negócio e entendo-a nesse conceito. O problema foi mesmo "jurar pela palavra de honra", algo que o ex-vocalista dos BAN (é melhor que fique associado a esse estigma do que, por exemplo, a filho de quem é) já provou que não tem.

Como última tentativa de salvar a sua imagem interna, já depois da saída do técnico, balbuciou frases como "Estou muito magoado com Jesualdo", mas esqueceu-se de dizer que também quem aliciou, segundo se pode depreender de todo o processo explicado por João Loureiro, o treinador deverá tê-lo magoado. Mas, sobre isso, nada foi dito. E o Boavista continua assim a penosa caminhada de deixar de ser o 4º grande de Portugal e ninguém do clube se parece preocupar com isso.

P.S. - No meio de tudo isto, jornalistas foram agredidos junto às instalações do Bessa. João Loureiro ainda nada disse sobre esse tema o que apenas prova que, ou estava demasiado ocupado a negociar 1 milhão de euros para os cofres axadrezados (já que não vende jogadores como antigamente, agora vende treinadores), ou então até gostou das agressões visto que naquele momento não lhe dava mesmo jeito ser incomodado para não arruinar o negócio.


segunda-feira, agosto 07, 2006

Portugal país de cultura 

"O grupo editorial alemão Axel Springer lançou hoje o primeiro diário desportivo do país, que, assim, poderá acompanhar sexta-feira o início do campeonato de futebol. Num primeiro momento, o jornal será distribuído em Berlim e em dois estados vizinhos, custando 50 cêntimos. O grupo editorial decidiu prolongar a experiência do jornal “Sport-B.Z”, um diário editado durante o último Mundial de futebol. O futebol preencherá cada parte do jornal, sobretudo a cobertura da Bundesliga e a Liga dos Campeões, mas a publicação promete dar atenção a outras modalidades. O grupo Axel Springer, o líder europeu de jornais, graças ao diário “Bild”, edita já o semanário “SportBild”. "
in "O Jogo", 7 de Agosto de 2006

Enquanto que nós por cá temos 3 jornais diários a 70 centimos cada...

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