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sexta-feira, agosto 18, 2006

Ora mentes tu, ora minto eu... 

É importante quando nos aparecem as hipóteses e, posteriormente, os factos consumados que, analisemos o que realmente se passou e em que termos isso aconteceu. Da mesma forma que critico negativamente os jornais pelas constantes atrocidades que cometem, também sei reconhecer quando falam verdade. Assim foi no caso Jesualdo.

Desde o início (remonta a dia 10 de Agosto, penso eu) que se soube que ele era a escolha de Pinto da Costa. Lembro-me perfeitamente de ouvir na edição da noite de Bola Branca da RR, João Loureiro, no dia das eleições da Liga, a dizer que não tinha havido nenhum contacto sobre o Jesualdo "pela minha palavra de honra". Estas foram as 5 palavras mágicas para o que o comentador Pedro Sousa, locutor da RR, disse a seguir: "Jesualdo vai mesmo para o Porto". E começou a debitar a carreira do técnico. Nessa altura, pensei: "É preciso descaramento. Então o presidente do homem diz que ele não sai e que nem sequer houve negociações, e a RR dá o facto como consumado. Tudo bem que é um Loureiro mas mesmo assim..."

Durou 5 dias a resistência à verdade que havia sido anunciada. Desde a ida a Inglaterra para defrontar o Fulham que era noticiado a reunião no Porto entre Pinto da Costa e João Loureiro. O pecado deste até nem foi desmentir porque isso é a arma do negócio e entendo-a nesse conceito. O problema foi mesmo "jurar pela palavra de honra", algo que o ex-vocalista dos BAN (é melhor que fique associado a esse estigma do que, por exemplo, a filho de quem é) já provou que não tem.

Como última tentativa de salvar a sua imagem interna, já depois da saída do técnico, balbuciou frases como "Estou muito magoado com Jesualdo", mas esqueceu-se de dizer que também quem aliciou, segundo se pode depreender de todo o processo explicado por João Loureiro, o treinador deverá tê-lo magoado. Mas, sobre isso, nada foi dito. E o Boavista continua assim a penosa caminhada de deixar de ser o 4º grande de Portugal e ninguém do clube se parece preocupar com isso.

P.S. - No meio de tudo isto, jornalistas foram agredidos junto às instalações do Bessa. João Loureiro ainda nada disse sobre esse tema o que apenas prova que, ou estava demasiado ocupado a negociar 1 milhão de euros para os cofres axadrezados (já que não vende jogadores como antigamente, agora vende treinadores), ou então até gostou das agressões visto que naquele momento não lhe dava mesmo jeito ser incomodado para não arruinar o negócio.


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