<$BlogRSDURL$>

quinta-feira, março 30, 2006

Sargento Felipão 

Luiz Felipe Scolari sempre foi muito criticado enquanto seleccionador nacional. Não só pela qualidade do futebol apresentado, mas pelas opções técnicas que desde início efectuou.Os afastamentos de Vitor Baía, João Pinto e Sérgio Conceição nunca foram bem explicados, já sem contar com as ausências prolongadas de Maniche e Fernando Meira. No Mundial, Meira será titular e Maniche, provavelmente, também.
Mas, abordando antes a situação dos "abandonados", estes têm vindo dar razão a Scolari se as razões que os levaram ao seu afastamento tiveram relacionadas com disciplina, ambiente de balneário ou profissionalismo.
Digo isto porque João Pinto, apesar de estar a fazer uma boa época este ano, já foi duas vezes expulso e o ano passado, para além de ter jogado pouco e mal, ficou sempre no ar a ideia de que não se entregava a 100% nos treinos e jogos (o episódio com o preparador físico do Boavista ficou registado. "faz tu", disse JVP a um exercício que o preparador lhe indicou para el fazer). Hoje, olhando para a selecção, não cabe um jogador como João Pinto porque Deco pode desempenhar o seu papel e...muito mais.
Em relação a Sérgio Conceição, ser eleito o melhor jogador do campeonato belga é de realçar mas, desde que chegou à Bélgica, o extremo tem-se portado sempre mal, com expulsões constantes e birrinhas típicas de um mau profissional. Jogar bem não chega, também convém ter um pouco de brio no que se faz e atitude perante os companheiros. A recente agressão ao árbitro vem dar razão a Scolari até porque de extremos estamos muito bem servidos (Figo, Ronaldo, Simão, Boa Morte e Quaresma) e Conceição não faz falta à selecção. Felizmente.
Por fim, Vitor Baía. Bom, já ouvi histórias recambolescas da situação de Baía. Já se tentou explicar tudo e mais alguma coisa sobre o que se terá passado para Baía não ser convocado. Baía já foi gay, já andou à porrada com Ricardo num estágio da Selecção, já virou o mundo do avesso mas o que é verdade é que, para mim, é opção técnica de Scolari. Escolheu entre Ricardo e Baía e, para não ter ambientes de rivais dentro da Selecção, "deitou fora" o suplente. Foi buscar Quim que não se queixa e já está. O recente episódio na meia final da taça entre Ricardo e Baía, para mim, é manobra de distração. Coisas do jogo, seja pelas ofensas que supostamente aconteceram, ou pela bola atirada à cara (que também não foi bem assim).
De qualquer das formas, Scolari ganhou todas as apostas que fez. Até porque Ricardo realizou um europeu cujo nível Baía dificilmente conseguiria atingir.

quarta-feira, março 29, 2006

Ricos e pobres 

São estas as palavras finais da reportagem da Marca relativamente ao Benfica-Barcelona:
"Al final, increíble empate sin goles en Lisboa en un partido plagado de ocasiones para el Barça. Los azulgrana necesitarán afinar su puntería en el partido de vuelta en el Camp Nou para doblegar a un Benfica rocoso y peleón que intenta, con lo poquito que tiene, plantar cara a los más grandes del continente".
Estas duas frases contêm em si algumas questões interessantes de analisar. Desde logo, a usual arrogância espanhola ao utilizar o termo "incrível" para caracterizar o resultado e ao ver somente as ocasiões que o Barça desperdiçou. É extremamente curioso que este tipo de afirmações é exactamente o mesmo que a imprensa inglesa utilizou para caracterizar os encontros entre Benfica e Liverpool. Contudo, no caso espanhol não se pode generalizar, como se pode ver na análise do diário desportivo As.
Mas o mais interessante é a parte final, que nesse aspecto é coincidente nas análise de Marca e As: o Benfica coitadinho, pobre mas honrado, que está a kms de distância de um Barcelona que 'perdoou' a goleada neste jogo. Mas será que as diferenças são assim tão grandes? É que nem o Benfica é constituído por Zés Ninguém, nem o Barça exclusivamente por estrelas. Logo a começar na baliza, o Benfica tem 3 guarda-redes, nenhum deles inferior a Vitor Valdes do Barcelona. É certo que Koeman aposta no pior dos 3, mas a verdade é que o Benfica dá-se ao luxo de ter um dos guarda-redes da selecção nacional (Quim) e o provável titular indiscutível da equipa das Quinas num futuro próximo (Moreira) no banco de suplentes. Na defesa, parece-me que Luisão, Anderson e Léo teriam perfeita capacidade para discutir o lugar com Edmilsons e afins. São, na verdade, 3 jogadores que se jogassem num clube de um campeonato com maior visibilidade seriam convocados para a selecção brasileira com ainda maior frequência. No meio-campo, Petit será provavelmente titular no próximo Mundial e Manuel Fernandes já apareceu em várias revistas internacionais como uma das grandes promessas do futebol europeu. Ok, Beto não tem qualquer tipo de pedigree, mas também não é um titular indiscutível e esse sim, pelo menos é esforçado. Nas alas, Simão, Geovanni e Robert. Pelos dois primeiros pagou o Barcelona mais de 25 milhões de euros. Jogadores deste preço têm de ter algo mais que suor para dar. Quanto a Robert, o Newcastle pagou há alguns anos qualquer coisa como 15 milhões de euros. Um jogador deste preço terá de ter alguma qualidade (apesar de lhe faltar muito suor para dar). Na frente Nuno Gomes é um jogador da elite internacional, que não necessita de apresentações. De mencionar ainda Miccoli e Karagounis, o primeiro um jogador internacional italiano que teria lugar mais que garantido no plantel do Barça e o segundo é campeão europeu de selecções. Isto sem falar da utilidade de Manduca, Alcides, Ricardo Rocha (internacional português), Mantorras (internacional angolano) e Karyaka (internacional russo). Face a tudo isto, uma equipa que apresenta Rodri, Vitor Valdes, Oleguer, Motta, Iniesta e mesmo o já velhinho Larsson de início não pode ser assim tão superior ao Benfica, ou pelo menos não devia.
Não está aqui em causa que existe uma diferença de qualidade entre os dois planteis. Basta o Barcelona ter Ronaldinho e Messi para essa diferença ser real. O que está aqui em causa é que o Benfica tem mais que poquito. O argumento do pobrezinho, mas honesto só serve para isentar de culpas uma equipa, que nem sempre é muito honesta (pelo menos em termos de atitude quando defronta equipas mais pequenas) e que de pobre não tem nada.

terça-feira, março 28, 2006

o desastre 

Alguem podera explicar ao senhor Navarro que o Liverpool JA ´E uma forca global! E que substituir Anfield Road por um qualquer "Telefonica Arena" constitui grave crime de lesa-majestade! Nao bastam ja os Florentinos Perez, Malcolm Glazers e Abramovichs que por ai pululam?

In A Bola Online: Juan Villalonga Navarro, ex-presidente da Telefonica, empresa de telecomunicações espanhola, quer tornar-se no accionista maioritário do Liverpool com o intuito de fazer dos Reds «uma força global».

Navarro terá planos para a construção de um novo estádio, aumento do valor do clube, modernização da estrutura organizacional e nova imagem comercial.

«Quero que o Liverpool deixe de ser um clube doméstico e se converta numa força global», disse Villalonga Navarro ao Daily Express.

o engano de Beckham 

De acordo com uma sondagem do “Titan Sports” – o jornal desportivo mais vendido na China (tiragem: cinco milhões de exemplares por semana), o Inter é a equipa europeia que conta com mais adeptos naquele país asiático (O Jogo, 28/03/06)

quarta-feira, março 22, 2006

18.04.1990 



Benfica-Marselha

a bomba do caramelo 


sexta-feira, março 17, 2006

cold war blues 

Uma final da Uefa Zenit Vs Rapid

intertoto plus 

Equipas que se qualificaram para os quartos-de-final da Taca UEFA, epoca 2005/2006:


Schalke 04

Sevilha

Middlesbrough (sim, o tal do Rochemback que coitado nem sequer pode ganhar a Uefa porque jogou pelo Sporting contra a Udinese)

Basileia

Zenit de S.Petersburgo (tambem conhecido como FC Putin)

Levski de Sofia

Steaua de Bucareste (do desconhecido - mesmo para os Boavisteiros - guarda-redes Carlos)

Rapid de Bucareste

quinta-feira, março 16, 2006

jogar melhor 

Vi ha pouco tempo o resumo alargado do Benfica-Liverpool e Liverpool-Benfica. Lamento, mas o SLB nao joga bem(nem bonito), mesmo quando ganha ao campeao europeu em titulo. Alias, e sem qualquer exagero(parece-me) da minha parte, o Benfica ja nao joga nem bem nem bonito desde a epoca dos 3-6. Teve uns jogos engracadinhos com o Paulo Autuori, Donizetti, Paulo Nunes e demais, mas foi sol de pouca dura. Ja o "meu" Sporting nao fica muito atras. Depois das gloriosas epocas Robson/Queiros teve apenas uns lampejos efemeros no reinado de Jozic. Nao jogava nem bem nem bonito com Inacio, mas a garra estava toda la. Com Paulo Bento ainda nao vi um unico jogo. Mas sei que o melhor jogo que vi o Sporting fazer, em toda a minha "carreira" de obcecado verde-e-branco, foi contra o Newcastle, na 2 mao dos quartos da UEFA. Com Peseiro. Um tecnico verdadeiramente detestavel(sem ironias). Sobram lampejos, falta classe.

terça-feira, março 14, 2006

Jogar bem 

A série de vitórias do Sporting, as consequentes declarações do seu treinador sobre cinema e as recentes vitórias do Benfica europeu, têm-me feito questionar sobre o que é jogar bem. Há uns anos Portugal era conhecida como a melhor selecção do mundo de futebol sem balizas. Criava jogadas de belo efeito, mas na hora do golo, não havia quem empurrasse o esférico para dentro da baliza. Basicamente, tratava-se de um futebol bonito, mas inconsequente. Mas será que um futebol bonito é necessariamente bem jogado? E pode haver futebol bem jogado sem ser bonito?
A expressão 'bem jogado' remete-nos para uma dimensão que vai para além de toques de calcanhar ou passes de trinta metros; tem de incluir a eficácia, o golo, afinal o objectivo do jogo de futebol. Mais do que beleza, implica que cada um dos jogadores dessa equipa 'que joga bem' tenha perfeita noção do que tem de fazer em campo e desempenhe essa mesma tarefa com brio. Daí que uma equipa de cariz mais defensivo possa jogar bem. Itália tem sido campo de vários exemplos de bom futebol defensivo - equipas que não marcam muitos golos, mas que têm qualidade de passe, posicionamento táctico, que sabem o que fazer dentro de campo.
O Benfica que jogou contra o Porto, principalmente no Dragão e contra o Liverpool em Anfield Road, mostrou o que é jogar bem, sem ser necessariamente bonito. Os jogadores tinham uma tarefa a cumprir e fizeram-no, mesmo não tendo dominado a posse de bola nesses jogos.
Isto não faz com que qualquer equipa que seja eficaz possa jogar um bom futebol. O Sporting em Coimbra, por exemplo, não jogou nada bem e ganhou até por 3-0. Os jogadores não deram mostras de saber o que andavam exactamente a fazer dentro de campo.
As frases de Paulo Bento sobre ir ao cinema e não ao futebol quando queria ver um bom espectáculo, apesar de toscas contêm a mesma mensagem que o erudito Nick Hornby nos faz passar em Fever Pitch - de facto, as pessoas não vão para o futebol para ver um bom espectáculo, mas sim para ver a sua equipa ganhar. É isso que as leva lá em primeiro lugar. Contudo, o que Paulo Bento se esquece é que jogar mal e ganhar são fenómenos que andam pouco tempo juntos. Porque o jogar bem não é uma questão de estilo, mas sim uma demonstração de classe e é a classe que define os campeões.

Falar futebol 

PS - Cortesia do "The Guardian"

CZECH

Anglican ("Englishman") - a goal that goes in off a post (thanks to Rod Lambert).

Bundesliga - what Czechs call the mullet hairstyle!

Ceska ulicka ("Czech alley") - A reverse pass through the opposing defence.

DANISH

Moses - dribbling between two defenders and into the penalty area (figuratively dividing the Red Sea).

Optimistblikket ("the optimist look") - describes the focused expression on a player's face as he intently watches the trajectory of a shot, suggesting it is going close when in fact it is travelling midles wide.

Pong- from the old Atari game, refers to the practice of knocking the ball around the back to waste time.

Tåhyler ("toe howler") - a desperate kick with the big toe, lacking elegance, finesse and foresight (thanks to Mikael Colville-Andersen).

FRENCH:

Aile du Pigeon ("pigeon's wing") - whereby a player raises the lower half of his leg behind him to flick the ball forwards with his heel (eg Zlatan Ibrahimovich's goal for Sweden against Italy in Euro 2004).

Echarpe ("scarf") - passing or crossing by bringing one leg behind the other so that legs are crossed (as often tried by Messrs Ronaldo and Cole).

Lanterne rouge ("red lantern") - the team at the bottom of the league.

Le grand pont ("big bridge") - knocking the ball to one side of an opponent and dashing around the other side to collect it.

Le petit pont ("little bridge") - nutmeg.

La roulette - the Marseille turn, double drag-back, Zidane turn, Maradona turn, Rocastle 360, etc.

Le saut de grenouille ("frog's jump") - clasping the ball between both feet and jumping over the outstretched leg of an opponent.

DUTCH

Panna ("door or gate") - nutmeg (especially in Surinamese Dutch).

Vuurpijl ("rocket") - a bad attempted clearance whereby the ball is whacked straight up in the air.

GERMAN

Aufzugsmannschaft or Fahrstuhlmannschaft ("elevator/lift team") - a yoyo-team (i.e. one that keeps getting promoted and relegated).

Anschlusstreffer - the goal that reduces the deficit to one (eg brings the score to 2-1 rather than 2-0).

Angstgegner ("fear-opponent") - a bogey team.

Bauerntrick ("farmer's trick") - the Cruyff turn.

Bauernspitz ('farmer's point') - like the Danish toe-howler, an oafish kick with the tip of the boot.

Blutgraetsche ('blood straddle' ) - sliding tackle that goes through the opposing player.

Ehrentreffer ("honour strike") - consolation goal, also referred to as ergebniskosmetik ("result cosmetics").

Englische Woche ("English week") - a week in which a team plays both at the weekend and in midweek.

Gurkerl ("gherkin") - nutmeg (in Austria).

Kerze ("candle") - a bad attempted clearance whereby the ball is whacked straight up in the air (like the Dutch 'rocket', then).

Notbremse ("emergency break") - professional foul; when the lsat defender or the goalkeeper brings down a forward to prevent an almost certain goal.

Rote Laterne ( 'red lantern') - the team at the bottom of the league (this theme is also found in France, where the basement-dwellers are known as 'la lanterne rouge'; in both countries, the last carriage on a train has a red light at the back).

Schwalbe ("swallow", as in the bird) - blatant dive (also used in Dutch). Den sterbenden Schwan machen ("to do the dying swan") is also very common.

Tunneln - to do a nutmeg.

Wembleytor ("Wembley goal") - A 'goal' that is awarded even though the ball didn't cross the line. No hard feeelings over 1966, then! (Thanks to Peter Darbyshire)

HUNGARIAN

Kötény ("apron") - nutmeg.

ITALIAN:

Catenaccio ("door bolt") - a game tactic based on rigid defence and strategic fouls.

Cucchiaio ("spoon") - The chipped penalty into the middle of the goal (as made famous by Czechoslovakia's Antonín Panenka in Euro '76 and regularly repeated by Francesco Totti).

Il Fantasista - the man in the hole behind the front two (whom Italians clearly believe should be a creative type).

Melina - passing the ball sideways in front of the defence to waste time when you are leading.

Zona Cesarini - Injury time (named after Renato Cesarini, who struck a very late winner for Italy against Hungary in 1931).

JAPANESE:

Boranchi (derived from the Portuguese word "volante", which means "steering wheel") - a holding midfielder.

Jisatsu-ten ("suicide point") = own goal (Thanks to Simon Atkinson)

Rifutingu ("lifting") - keepie-uppies.

PORTUGUESE (including Brazilian):

Artilheiro ("artilleryman") - top scorer.

Brinca-na-areia ("plays in the sand") - said of players who have excellent skills but no end product (thanks to Hugo Carreira).

Cañas ("drinking straw") - nutmeg.

Chapéu ("hat") - sombrero, or dink over head and dash around to collect on other side.

Drible da vaca ("cow's dribble") - knocking the ball to one side of an opponent and dashing around the other side to collect it.

Embaixadinhas ("little embassies", possibly derived from verb "baixar", which means 'to lower' or 'let fall') - keepie-uppies.

Frango ("hen/chicken") - originally only applied to when the ball went through the keeper's legs but now the term for any goalkeeping blunder that results in a goal.

Ganhar de virada ("win by turnover") - to come back from behind to win.

Jogador triatlo ("traithlon player") - a player who runs about a lot and has an impressive repertoire of tricks but no end product.

Pedalada - multiple stepover.

Peixinho ("little fish") - diving header

Piscinão ("big swimming pool") - dive.

SPANISH:

Armario ("wardrobe") - a burly central defender.

Chalaca - the term used in Peru and elsewhere in South America (though not Chile, as becomes clear below) for an overhead kick. Chalaca is the name given to anyone from Callao, a seaport a few miles from central Lima. During the 50s, the club Sport Boys of Callo employed a string of strikers who were experts at scoring from overhead kicks (thanks to Kevin Thompson).

Chilena - what Chileans calls the overhead kick.

Cola de vaca ("cow's tail") - to stop the ball and change direction.

Chumpigol - a shot from a free-kick that goes through the wall and into the net (especially South American).

Gambeteando ("shrimping") - the term used for long, swerving Maradona-style dribbles.

Gol Olímpico - A goal scored directly from a corner.

Hacer la cama ("making the bed") - When a player with a defender behind him doesn't jump for a high ball in order to create the impression that the defender has held him down.

Hacer un sombrero ('to make a hat') - dinking the ball over an opponent's head and running around to retrieve it.

Palomita ("little dove") - diving header

Pepinazo ("big cucumber") - powerful long-range shot.

Rabona ("cow's whip") - kicking the ball from behind the other leg (Argentina).

Caño/túnel - the nutmeg.

La vaselina - a chip over the goalkeeper's head.

Veronica - a term sometimes used in Spain to describe the Zidane turn/double drag-back (according to Luca Barratti, it's from bull-fighting where some particularly daredevil matadors perform a similar move).

SWAHILI

Kuvalisha kanzu ("wearing the a long prayer robe") - sombrero, to dink the ball over an opponent's head and collect it on the other side (thanks to George Ndicu).

NON-UK ENGLISH

Rainbow - the term used in the United States to describe the trick of flicking the ball up with the heel of one foot and instep of the other while running over it so that the ball travels from below/behind you over your head ("or what me and my mates call the Ardiles flick because he did it in Escape to Victory," says Kevin Thomas).

Shoeshine - South African term for running the outside of the boot around a stationary ball, usually to taunt a less skilful opponent (thanks to Patrick Lawlor).

YORUBA

Ogede ("banana") - a curling shot (thanks to Seun Kolawole).

Os comentadores da Luz 



Para Petit, após a derrota por 3-1 em Guimarães, era claro que o Benfica não podia ambicionar ganhar jogos a entrar em campo tão desconcentrado como nesse dia. Koeman anda há várias semanas a dizer que o Benfica muito dificilmente seria campeão. Ontem acrescentou à comunicação social que quem não ganha à Naval não pode ambicionar o título. Por fim, e também relacionado com esse jogo, Nuno Gomes afirmou que o Benfica podia ter estado a noite toda a tentar marcar um golo que nunca o conseguiria.
Todas estas análises estariam muito certas, se não partissem dos actores directamente envolvidos no evoluir dos acontecimentos. Não é Petit um dos jogadores mais influentes do plantel, tendo por isso obrigação de 'acordar' os seus colegas, que pelo que ganham deviam estar de olhos bem abertos 24 horas por dia? Não caberá a Koeman motivar os jogadores, em vez de se mostrar céptico relativamente ao futuro? E estará Nuno Gomes a publicamente afirmar as suas limitações enquanto jogador? É que dizer que seria impossível marcar golos a noite toda a uma fraquinha Naval, ainda por cima com menos um jogador, é no mínimo passar a si próprio um atestado de incompetência... Mas o mais incrível é que é tudo verdade: não só Nuno Gomes é um jogador com muitos limites, como o Benfica no Domingo não parecia ser capaz de derrotar a Naval nem que o jogo tivesse 120 minutos. Tal como só por milagre derrotou o Estrela da Amadora e tal como sofreu 9 golos de Sporting, Guimarães e Leiria.
Se fosse só isto que o Benfica tivesse para mostrar neste campeonato, seria simplesmente a constatação da mediocridade da equipa, mas a realidade é diferente. As vitórias contra o Porto, Liverpool e Manchester mostraram um outro Benfica. E isso em vez de abonatório, só vem em desfavor do Benfica, pois mostra que a equipa tem capacidade para render muito mais que aquilo que normalmente faz.
Koeman por não conseguir equilibrar esses níveis de rendimento, Petit como jogador influente do plantel e Nuno Gomes por não marcar golos são todos culpados desta situação. É daquelas situações em que se precisa de mais acção e menos palavras...
P.S. - Primeiro as declarações Mantorras, com Vieira a contradizer Koeman e agora as de Veiga a novamente contradizerem o holandês mostram uma total falta de sintonia entre treinador e dirigentes. A Liga dos Campeões parece uma fuga para a frente que dificilmente (talvez só com o título) evitará o destino traçado para o holandês.

quinta-feira, março 09, 2006

The Bloody Portuguese 


Voltamos ao mesmo. Manchester United (por Porto e Benfica), Celtic, Newcastle, Middlesbrough e Liverpool. Todas estas equipas foram derrotadas nos últimos três anos por equipas portuguesas. Se a isto juntarmos as vitórias da selecção nacional frente à congénere inglesa no Mundial de 1986 e Europeus de 2000 e 2004, chegamos a um esmagador domínio do futebol português quando em confronto directo com os britânicos. E no entanto parecem ter dificuldades de aprendizagem. Eu diria mesmo que têm atendendo à incapacidade de Robson e Souness em aprenderem um mínimo de português. O mérito é sempre reduzido aos erros cometidos por eles. São os atacantes que não sabem marcar golos, é o poste, o árbitro, o treinador.
Ontem o Liverpool criou oportunidades suficientes para ganhar a Liga dos Campeões, não só o jogo (opinião do Daily Telegraph). Faltou sorte, faltou pontaria... Fosse a Juventus e não um clube português e provavelmente o discurso seria diferente. Seria a classe italiana, o rigor táctico, o calculismo de um catenaccio perfeito. Que para nós portugueses, jogar com italianos significa tudo isso, é verdade. Agora talvez seja a altura para os britânicos começarem a perceber que nós somos os italianos deles...

quarta-feira, março 08, 2006

Para mais tarde recordar 


"Most of the time it is footballers' left feet that are described as "educated". Here was a player whose right boot presumably has a Masters degree".

The Guardian, 09/03/06


Guia para o adepto global 

Como isto do futebol está cada vez mais internacional, apresento aqui uma lista para os adeptos poderem escolher vários clubes por esse mundo fora, de forma coerente:

O adepto dos clubes do povo: Benfica, Fenerbahçe, Flamengo, Liverpool, Corinthians, Marselha, Feyenoord, Boca Juniors.

O adepto dos clubes das elites: Sporting, Galatasaray, Chelsea, Fluminense, River Plate, Everton, São Paulo.

O adepto dos clubes neo-vencedores: Porto, Chelsea, Barcelona.

O adepto dos clubes regionais: Porto, Barcelona, Deportivo, Newcastle, Bayern de Munique.

O adepto dos segundos: Sporting, Inter de Milão, Atlético de Madrid.

O adepto dos terceiros clubes da cidade: Belenenses, Besiktas, Rayo Vallecano, Santos, Botafogo, Tottenham.

O adepto dos clubes de trabalhadores: Arsenal, West Ham, Bayer Leverkusen, Wolfsburgo, PSV Eindhoven.

O adepto de Direita: Lazio, Belenenses, PSG, Real Madrid, Feyenoord.

O adepto de Esquerda: Osasuna, Roma, Marselha.

Aceitam-se sugestões para completar esta lista ainda muito incompleta...

Chelsea pouco especial 

Mourinho é, sem dúvida, um excelente treinador, talvez não tão bom como ele próprio julga, mas isso é outra conversa. Apesar do sucesso interno, a verdade é que em dois anos consecutivos, o Chelsea ficou muito aquém da vitória na Liga dos Campeões. O ano passado foi o golo que não existiu, este ano foi a expulsão de Del Horno no primeiro jogo. Mourinho não tem culpa do desaire da sua equipa na Liga dos Campeões.
O português está inserido num projecto megalómano de um jovem milionário russo que pretende colocar o Chelsea entre as melhores equipas do mundo, isto é, fazer parte de uma elite do futebol europeu à qual nunca pertenceu. Para isso investiu vários milhões da sua fortuna na construção de um plantel à medida dos desejos do Special One. Pagou 20 milhões de euros por Paulo Ferreira, 35 por Essien, etc. Pagou sempre o necessário para garantir a vontade do seu treinador, por muito que os jogadores não valessem esse dinheiro. No final, Mourinho conseguiu construir um plantel suficiente para ganhar os troféus domésticos, mas insuficiente para a Europa do futebol. Sem um Messi, um Ronaldinho ou um Henry, falta ao Chelsea o que sobra a equipas como o Barcelona ou Real Madrid - jogadores decisivos.
Abramovich, tal como Mourinho, sabem que esse lugar no jet-set europeu não se alcança sem sucesso na Liga dos Campeões. Como tal, resta saber qual futuro das relação entre estes dois homens ambiciosos, depois de duas épocas em branco.

segunda-feira, março 06, 2006

Espectáculos... 

José Peseiro veio à praça publica fazer, uma vez mais, a sua defesa pessoal sobre alguma poeira que parece que ainda não assentou.Entre outras coisas, criticou a qualidade do futebol praticada por Paulo Bento e referiu que no seu tempo havia espectáculo.
Depressa, o actual treinador leonino respondeu:“Para assistir a grandes espectáculos vou ao cinema, não ao futebol”
Para o comum adepto, aquele que gosta de ver a equipa ganhar seja de que maneira for, que prefere ver o jogo no sofá porque os bilhetes são caros, tá frio ou porque gosta de ver a repetição do lance para poder julgar no imediato o árbitro, a frase de Paulo Bento faz sentido, e chega a ser dona da razão, caso o Sporting seja campeão. Afinal, Peseiro jogou bonito mas morreu na praia quando quase ganhou campeonato e taça UEFA.
Para outro tipo de adeptos (onde eu me incluo), a frase de Paulo Bento fere porque eu pago um bilhete de futebol para ver espectáculo. Foi por isso que, quando tive oportunidade enquanto estive em Espanha, paguei (e não foi pouco) para ir ver um Sevilha-Saragoça (35 euros), um Barça-Osasuna (32) e um Barça-Depor (29).Se para Paulo Bento, um estádio de futebol não é sitio para se ver um espectáculo, tenho pena que seja treinador de futebol, por muito que possa ganhar.

P.S. – Não acho que seja a única razão mas, nos tempos de Peseiro, o estádio tinha mais gente do que a quem tem agora com Paulo Bento. Mesmo ganhando 7 jogos seguidos...

sábado, março 04, 2006

Essas pequenas coisas 

O "drama" Madrid-Perez repete-se, salve a expressão, em Alvalade, com pequenas-grandes nuances. Cá, como lá, adapta-se uma visão puramente mercantilista do jogo da bola, sendo que cá, esta é tendencialmente miserabilista. Se no Barnabeu temos Zidanes e Pavones, no Campo Grande temos(tinhamos?) Pinillas e Nanis. Faça-se a ressalva do facto de todos os "Nanis" verde-e-brancos serem, grosso modo, atletas de qualidade e com franca margem de progressão. Mas os dirigentes leoninos continuam a pensar futebol como uma Wall Street dos pequeninos, com os resultados que se conhecem. Os 2 titulos (99/00 e 01/02) foram quiça até acidentais, o primeiro obra do génio modesto mas esforçado de Inácio e Acosta, o segundo entregue de bandeja por Mario Jardel. O que Roquette e companhia trouxeram ao Sporting e ao futebol português foi apenas e só uma certa dessacralização do que o futebol realmente representa, daquilo que significa para muitos de nós. O que pode "salvar" o Sporting é a carolice esclarecida de Paulo Bento, que segue na esteira de Augusto Inácio. A mesma carolice mais ou menos esclarecida que permitia até manter um pavilhão para as ditas amadoras (a fabulosa, e aqui sem ironias, Nave de Alvalade, bem pertinho da antiga 10A). A mesma carolice esclarecida aplicada por Vicente del Bosque no Madrid de final de século que tanto me encantava. Raul, Morientes, Casillas e demais. Depois perdeu o Madrid, perdeu o futebol, perdeu-se muita da inocência. Perdeu-se sobretudo, isto:

Toni, antigo jogador e treinador do Benfica
«Sou do tempo em que não se bebia água no treino, era proibido, os treinadores até pediam ao senhor Domingos Claudino para fechar as torneiras. Eriksson trouxe bidons e um líquido chamado XL1, para repor os níveis de sais que o desgaste obriga a recuperar. Parecia que tinha descoberto a pólvora. A bola começava logo a girar nos primeiros treinos da época, havia água nos treinos, os jogadores ficaram espantados e foram conquistados por essas pequenas coisas, que no fundo eram tão importantes.»

quarta-feira, março 01, 2006

Así, Así, Así (no) gana el Madrid 

Este post serve de comentário ao post anterior, em que se enaltece o trabalho de Florentino Perez como Presidente do Real Madrid, o mesmo que caminha para a terceira época sem nada ganhar à frente do clube, que para Phill Ball (autor do livro White Storm) tem nas vitórias a sua identidade. Perez preteriu a identidade aos euros e realmente conseguiu um bom resultado nesse campo. Contudo, há que introduzir duas ressalvas: em primeiro, parte desse sucesso deve-se à venda de terrenos da cidade desportiva à Câmara de Madrid, que logo em seguida os 'emprestou' ao clube; em segundo, o Real não passou a ser o clube mais rico do mundo, foi o clube que arrecadou a maior receita na época passada, positivo, mas algo que na época que vem já não terá grande expressão...
A verdade é que tudo isto foi alcançado à custa de uma desastrosa política desportiva e até certo ponto, financeira. Em termos desportivos, 3 anos sem nada ganhar é demasiado, mas consequência natural de um plantel que carece de equilíbrio entre os vários sectores há muitas épocas. Em termos financeiros, as contratações de Figo, Zidane, Ronaldo, Beckham, entre outros, saldaram-se em magros retornos. Destes, nenhum foi ou será transferido pelos valores que o Real pagou pelos seus serviços. E no caso concreto do inglês, interessa saber se sem Beckham um Real menos galáctico, mas mais vencedor, não poderia obter os mesmos rendimentos esta época.
Por tudo isto, não só acho que Perez prestou um serviço pouco convincente ao Real Madrid, como sobretudo prestou um mau serviço ao futebol internacional. É que a lógica de que os euros são mais importantes que títulos não podia ser mais negativa para o futuro do Beautiful Game.

Real Madrid 

Florentino Pérez demitiu-se do Real. Não sou adepto de expressões que se enraízam nas pessoas ou entidades e por isso não dou importância à política dos "Zidanes & Pavones" ou dos famosos "galácticos".
Penso que a ideia de Florentino era clara e foi conseguida:Tornar o Real Madrid o clube mais poderoso (rico) do Mundo. Para isso, contratou os 3 melhores jogadores do Mundo (ainda não havia Ronaldinho), cada qual em seu ano: Zidane, Figo e Ronaldo. Juntou-lhes a qualidade de Roberto Carlos, Makelele e Raúl, o potencial de Casillas, Guti e Morientes e esqueceu-se do resto. Porque, para ser o clube mais rico do mundo, não era preciso jogar bom futebol ou ter bom ambiente no balneário.
Mas ainda faltava a cereja no topo do bolo para atingir o seu objectivo: Beckham. Afinal, precisava dele para atingir o Man Utd num mercado importante como a Ásia e enfraquecê-lo a nível de Merchandinsing.
Não é à toa que Florentino sai do Real depois de ultrapassar o Manchester United no ranking dos milhões. Ele é um excelente gestor e sabe muito bem como rentabilizar uma empresa (a sua, Dragados, é a maior construtora espanhola). Parabéns a Florentino por ter provado que, no futebol, a bola não é tudo. Há o dinheiro e, quase sempre, é ele que faz rolar a bola.

P.S. - Esta é uma visão como outra qualquer. Para Roberto Carlos é indiferente que Florentino se tenha demitido. Já para Arrigo Sacchi, Florentino saíu por amor e dedicação ao clube, para mim foi por ter atingido um objectivo que nada tem a ver com dinheiro. E se Sacchi criticou Roberto Carlos porque este não respeitou um homem que lhe deu tanto dinheiro a ganhar, então Sacchi acaba por ter a mesma visão do que eu...os euros agradecem-se.

This page is powered by Blogger. Isn't yours?