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quarta-feira, março 01, 2006

Así, Así, Así (no) gana el Madrid 

Este post serve de comentário ao post anterior, em que se enaltece o trabalho de Florentino Perez como Presidente do Real Madrid, o mesmo que caminha para a terceira época sem nada ganhar à frente do clube, que para Phill Ball (autor do livro White Storm) tem nas vitórias a sua identidade. Perez preteriu a identidade aos euros e realmente conseguiu um bom resultado nesse campo. Contudo, há que introduzir duas ressalvas: em primeiro, parte desse sucesso deve-se à venda de terrenos da cidade desportiva à Câmara de Madrid, que logo em seguida os 'emprestou' ao clube; em segundo, o Real não passou a ser o clube mais rico do mundo, foi o clube que arrecadou a maior receita na época passada, positivo, mas algo que na época que vem já não terá grande expressão...
A verdade é que tudo isto foi alcançado à custa de uma desastrosa política desportiva e até certo ponto, financeira. Em termos desportivos, 3 anos sem nada ganhar é demasiado, mas consequência natural de um plantel que carece de equilíbrio entre os vários sectores há muitas épocas. Em termos financeiros, as contratações de Figo, Zidane, Ronaldo, Beckham, entre outros, saldaram-se em magros retornos. Destes, nenhum foi ou será transferido pelos valores que o Real pagou pelos seus serviços. E no caso concreto do inglês, interessa saber se sem Beckham um Real menos galáctico, mas mais vencedor, não poderia obter os mesmos rendimentos esta época.
Por tudo isto, não só acho que Perez prestou um serviço pouco convincente ao Real Madrid, como sobretudo prestou um mau serviço ao futebol internacional. É que a lógica de que os euros são mais importantes que títulos não podia ser mais negativa para o futuro do Beautiful Game.

Comments:
Os parabéns a Florentino eram um pouco irónicos mas ja vi que me expressei mal.
Também não gosto da política implantada por Florentino, acho que foi péssima em termos de futuro, apenas quis destacar que, para Florentino, o futebol é um negócio e isso é vísivel para todos. O que nem sempre é visivel é que para UEFA's e FIFA's o futebol também é um negócio (o exemplo da Champions League é o melhor) e poucos falam nisso.
Reescrevendo:
Obrigado Florentino por não nos fazer esquecer que o futebol que amamos não passa de um negócio.
 
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