<$BlogRSDURL$>

segunda-feira, abril 30, 2007

Campeonato da Segunda Circular 

O Benfica empatou porque não tem um treinador com capacidade para transformar os bons jogadores de que dispõe numa equipa consistente. O Sporting empatou porque não tem jogadores para dar consistência à equipa. No fim, e apesar de se terem praticamente afastado a luta pelo título, os adeptos do Sporting no estádio vibraram com o resultado (assim como Paulo Bento, que achou, com a entrada de Tonel, que defender o 1-1 era melhor que arriscar ganhar). Os do Benfica nem por isso..

domingo, abril 29, 2007

Pode ser que não, mas... 

Logo à noite o árbitro vai errar, os ficais de linha vão errar, uma, duas três, quatro vezes... E no fim do jogo, o derrotado terá sempre forma de se desculpar. Quanto ao árbitro, esse, independemente da qualidade da sua arbitragem sairá sempre bem visto pelos delegados da Liga.

quinta-feira, abril 26, 2007

respect in the heat of battle 

Soccer: Rooney crowns thrilling night
By Rob Hughes
Wednesday, April 25, 2007
International Herald Tribune

There are nights in soccer when the game is played so well, when the sway of the contest is uncertain to the last, when teams respect the different culture of the opponents and 73,820 people are left singing in the rain.

Tuesday at Old Trafford in Manchester was such a night.

It may be a form of madness. It is certainly an escape from humdrum routine. And after the recent violence between English and Italian fans, it was also an almighty relief to see Mancunians and Milanese respond in the stands to the spirit displayed on the pitch.

That Manchester United won, 3-2, against AC Milan is inconclusive because there is a second leg to come in Milan's San Siro stadium next Wednesday. This Champions League semifinal is not over.

Alex Ferguson, United's manager for more than 20 years, looks forward rather than back: "We have an outstanding chance now," he said. "With the speed of our game, I believe we will score in Italy. Whether it will be enough, I don't know. It will not be easy - but it will not be easy for them either."

As Ferguson speaks, you can feel the competitive nature ooze from him. He is of pensionable age, but exudes imperishable adventure. He wants to win this trophy again, and even though his first-choice back four was absent because of injuries Tuesday, he expected his team to outscore Milan.

The Italians were nursing a different kind of frailty. Carlo Ancelotti had his full squad available, but key players are trying to defy Old Father Time.

They have quality, which is why Ancelotti clings to them. But when, like his captain Paolo Maldini, a man has played at this level longer than some of the direct opponents have been alive, something, somewhere, has to give.

Ancelotti tried to gain an advantage by resting his senior side from last Saturday's Serie A match at Siena. He tried, the silver fox, to send out messages that Milan has such medical care, such performance-related data, that they possess some kind of elixir. It would make Maldini, two months short of his 39th birthday, and the other 30-somethings in Milan shirts last for one final Champions League hurrah.

By halftime, the knee of Maldini that needs surgery in the summer, had given way. In less than an hour, Gennaro Gattuso, whose running, scuffling, tackling energy is so vital in midfield, was also off, injured by his own hyperactive combativeness.

Their leader, and their fighter both sidelined, Milan knew that it had 30 minutes to hold out against the irrepressible youth of United.

It had already been quite a contest. United led in the fifth minute when Dida, Milan's Brazilian goalie, failed to impose his 6-foot-5, or 1.96 meter, frame in his goalmouth. He came, he stopped, he watched as Cristiano Ronaldo rose to a Ryan Giggs corner kick.

Ronaldo's header struck Dida's chest and looped into the air. In panic, the goalkeeper stretched back, but managed only to tip the ball over his line.

Dida had been uncertain before the game because of a shoulder injury. Yet subsequent saves, eight of them, showed that there was nothing physically lacking. Perhaps, something was not quite match tight in his mind.

Milan's experience is mighty. Its other Brazilian, Kaká, is among the best young talents on earth. After 22 and again after 38 minutes, Kaká stole through confusion in United's make-shift defense.

He preyed on the lack of understanding between Gabriel Heinze, Wes Brown and Patrice Evra. His swift, smooth acceleration bewitched them, his cool, calm finishing at ground level gave goalkeeper Edwin van der Sar no chance. United was 2-1 down.

"Attack, attack, attack!" bayed the home crowd.

That is manager Ferguson's instinct too, especially when he is cornered.

"The manager told us at halftime to keep pushing," said Wayne Rooney. "He said keep going and you'll get goals."

Rooney is a simple lad, a talented, strong, persevering 21-year-old. Maldini would have struggled to keep pace with him even if the Italian had been able to come out for the second half.

It is likely that Gattuso's combativeness would have delayed the equalizer, which came six minutes after he was carried off with a foot injury. In the space where Gattuso might have been, Paul Scholes had the freedom to indulge in a piece of instinctive brilliance.

With the outside of his foot he flicked the ball over a defender, Rooney's hunger did the rest. He forced his way into the gap and took the goal at short range.

After that, with the ebb and flow of the match expertly handled by the Greek referee Kyros Vassaras, Milan tried to see out the 90 minutes, United tried to win.

Dida, flying high and flying low, kept out shots from Ronaldo, from Darren Fletcher, Giggs, Michael Carrick and Rooney.

Two minutes were added for the injury to Gattuso and substitutions. A minute was enough for Rooney. Giggs, at 33 entering Italian vintage, won the ball just inside Milan's half, ran 50 yards and timed his pass perfectly.

Rooney, without attempting to take a touch to control the moving ball, struck it low, hard and straight. Dida should have had his near post covered, but was taken by surprise by the instant shot.

One lasting, memorable example of this unremitting and fair spirited match remains.

In the 77th minute, Cristiano Ronaldo and Alessandro Nesta raced flat out for the ball. Ronaldo is probably the quickest mover in modern soccer, Nesta can sense danger at 20 paces.

As they ran, stride for stride, Nesta finally made his tackle for the ball. The momentum carried both players forcefully into advertising boards behind the goal. Bruised and winded, they lay there until Ronaldo reached out to shake Nesta's hand: respect in the heat of battle.

quarta-feira, abril 25, 2007

Saudades do futuro 



terça-feira, abril 24, 2007

culturas futebolisticas que nos escapam 

Sabado solarengo, 3 e meia da tarde...o Herta de Berlim, descansado a meio da tabela e sem nada por que lutar, recebe o surpreendentemente aflito Borussia de Dortmund, no mitico Olimpico de Berlim.

Assistencia: 65,000 pessoas


Na vizinha Holanda, o historico Feyenoord agoniza no quinto lugar da tabela, acumulando desaires atras de desaires. A banheira de Roterdao, essa, esta sempre cheia. O Den Haag, ja condenado, enche o seu estadio.

Nenhum pequeno jogador holandes no seu juizo perfeito trocaria um Den Haag por um Leiria, Naval ou mesmo um Bragazinho.

Verdadeira cultura de e do futebol, essa tem-na outros

Outras estrelas 

Ao intervalo do jogo em Old Trafford, confirma-se aquilo que pouco se costuma afirmar: existem grandes jogadores para alem de Cristiano Ronaldo, Ronaldinho, Messi, Lampard e demais. Kaka ´e um enorme jogador. E na pequena cidade hanseatica de Bremen mora outro brasileiro que va-se la saber porque nao joga em Inglaterra ( e por isso nao ´e bem uma estrela) - Diego (que ironia das ironias, preferiu assinar pelo FCP em vez do Tottenham ha cerca de 3 anos atras...

terça-feira, abril 17, 2007

Perguntas de Inverno 

Perguntei isto em Dezembro último:

O treinador do Benfica tem de ter provas dadas enquanto treinador ao mais alto nível; tem de saber unir o plantel em torno de objectivos; em suma, tem de merecer a confiança e sobretudo uma dedicação a toda a prova por parte dos seus jogadores. E Fernando Santos não cabe neste perfil. Será que alguém reparará nisso antes do fim da época ou veremos o Benfica a oscilar entre jogos miseráveis e raras vitórias graças aos contra-ataques de dois jogadores que teriam lugar em vários grandes da Europa, como é o caso de Simão e Miccoli?

segunda-feira, abril 09, 2007

Eles 

Há uma vontade mórbida em associar violência ao futebol. O Euro 2004 foi uma desilusão nesse aspecto. Quando houve os únicos desacatos de relevo no Algarve, foi com grande entusiasmo que as televisões relataram os acontecimentos.
Individualmente, a violência no futebol é uma extraordinária forma de definição da nossa própria identidade enquanto seres civilizados. 'Nós' e 'eles', os vândalos, temos em comum o gosto pelo futebol, mas enquanto 'nós' somos bem comportados e pacíficos, 'eles' são violentos, uns animais. O problema está na definição do 'eles'. Os fenómenos de violência no futebol são tão dispersos e diferenciados que é difícil estabelecer padrões comuns, complicando assim essa definição do 'outro'. Mas como tal é necessário, em vez de um, temos vários 'outros', de acordo com o prisma de análise. Se somos adeptos fanáticos e irracionais do Benfica, os adeptos do Porto são 'todos' uns vândalos. Se somos do Benfica, mas gostamos de nos ver como imparciais na nossa análise, então o problema é das claques, independentemente do clube. Quando levamos isto para um nível internacional, quando a Inglaterra ou uma equipa inglesa está envolvida, então a culpa é invariavelmente 'deles', pois foram 'eles' que trouxeram a violência para o futebol nos anos 1980. Adversário, claques e Inglaterra são assim os habituais bodes expiatórios. 'Nós', os civlizados somos simples vítimas destes vândalos que querem arruinar o futebol.
Um dos fenómenos mais curiosos do futebol mundial é que Inglaterra é dos países onde há menos violência no futebol, mesmo com níveis de segurança iguais ou inferiores a outros países. A segurança em Stamford Brdige por exemplo, é inferior à dos três grandes em Portugal. Pelo menos no Chelsea-Norwich para a Taça de Inglaterra a entrada para o estádio não incluiu nenhum tipo de revista de segurança, como é habitual em Portugal. Será que os ingleses só se portam mal fora de portas? Newcastle, Manchester United e Liverpool estiveram recentemente em Lisboa e não houve qualquer tipo de problemas, apesar da importância dos jogos em causa. A verdade é que os adeptos confraternizaram amigavelmente em todos estes jogos, sem que houvesse necessidade do recurso à violência. Nestes eventos há sempre obviamente excessos individuais, normalmente provocados pelo álcool. Em Sevilha foi essa uma das razões apontadas para a intervenção da polícia. Mas será que em Lisboa, os ingleses não beberam?
Tudo isto se resume ao tratamento dado aos adeptos. Ao distinguirmos entre 'nós' (pacíficos) e 'eles' (violentos) estamos a contribuir para a perpetuação de práticas diferenciadoras, como as verificadas no último Benfica-Porto. Será natural que um grupo de adeptos, comumente identificado como claque, seja encaminhado pela polícia, ao longo de vários kms ao interior do estádio? O processo de tratamento das claques é em tudo semelhante ao utilizado nas touradas em Portugal: fecham-se os touros ou as pessoas num transporte e este parte para o destino onde se vai realizar o espectáculo. Chegado ao destino, esperam que as práticas de segurança sejam postas em prática para se poder proceder à transferência desses animais/adeptos do transporte para o interior das instalações onde o espectáculo se vai realizar. Aí, são largados numa liberdade condicionada ou pelas trincheiras da praça (no caso dos touros) ou pelo enorme cordão policial de alta segurança (no caso das claques). Perante este tratamento será de esperar que estes adeptos tenham um comportamento civilizado, quando, desde o momento em que sairam de casa são tratados como seres irracionais e potencialmente violentos?
Um dos aspectos mais interessantes da discussão em torno do Benfica-Porto foi a forma como estes adeptos foram tratados. A lógica da polícia, por exemplo, era a de que o Benfica nunca devia ter colocado os adeptos naquele lugar porque já sabia o que ia acontecer. Esta inevitabilidade da violência é um aspecto extraordinário desta discussão. Nem por um momento se questionaram sobre a responsabilidade individual desses adeptos, muito menos sobre a forma como eram e são tratados por todos os intervenientes no futebol. A definção do 'outro' como actor colectivo em conjunto com o não questionamento das práticas de segurança que perpetuam esse outro e o definem como violento levaram aos actos de violência neste jogo, tal como em Roma ou Sevilha. Em qualquer outro contexto um adepto mais exaltado seria retirado do estádio. Naquele caso, a violência generalizada contra os adeptos ingleses foi a solução lógica encontrada. Não são 'eles' afinal todos iguais?
Casos pontuais de violência no futebol, como em todas as outras esferas da sociedade sempre existirão. Evitar o alastramento e a colectivização dessa violência passa pela alteração tanto das práticas de segurança como das atitudes e comportamentos para com grupos diferenciados de adeptos. Mas será isso do 'nosso' interesse?

This page is powered by Blogger. Isn't yours?