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quinta-feira, setembro 30, 2004

Grandes 

Pois é, às vezes os pontos e a classificação não dizem tudo sobre a situação real de cada clube. Vamos parar para pensar um pouco: O melhor plantel dos 3 grandes é, sem dúvida nenhuma, do Porto (até deu para dispensar Rossato!!!!!!!!!). Quanto a mim, tem o guarda-redes mais completo, o melhor capitão, os melhores pontas-de-lança, o mais criativo (Diego, sem bem que precisa de tempo), o melhor box-to-box (Maniche), o melhor presidente, a melhor administração...Claro que nem tudo são rosas. Sem Mourinho, jogadores como Pedro Emanuel, Nuno Valente, Derlei ou Bosingwa descem de produtividade a olhos vistos. Essa falta de produtividade originou perca de pontos, mas certamente o Porto irá recuperar da desvantagem brevemente. Isto porque Benfica não está muito forte. Está minimamente consistente. Os reforços são suplentes o que indica que a equipa não é melhor que no ano passado. As grandes estrelas continuam a ter baixa produção (Geovanni, Zahovic, Nuno Gomes), se calhar ofuscam mas não brilham muito...Quanto ao Sporting, Peseiro com o seu discurso, por enquanto, ilusionista continua a esconder as graves lacunas do seu plantel. Laterais, velocistas (só Douala e Danny) eficazes e pontas-de-lança. A ausência de Rochemback não justifica tudo e as constantes alterações efectuadas indicam instabilidade.
No meio de tudo isto, 3 direcções em sentidos cruzados: a do Benfica a subir (se bem que com muita tremideira), a do Porto estabilizada e a do Sporting a descer (gradualmente).
O futuro próximo diz-me que Benfica se irá aproximar do Porto mas não deverá bastar para ser campeão. O Sporting está um passo atrás...

terça-feira, setembro 28, 2004

Demasiado túnel, pouca luz... 

Sabia que desta vez ia ser diferente...até agora, sempre que saía de Portugal para viver no estrangeiro, o Sporting fazia épocas memoráveis. Assim foi em 1999/2000, quando assisti de longe ao primeiro título nacional verde e branco desde que sou alguém (apesar de ter regressado a Lisboa por 4 dias apenas para saborear a goleada leonina no Vidal Pinheiro, o jogo da consagração), e em 2002, o ano de Jardel e dos outros dez.
Há um mês atrás, voltei a fazer as malas. Lembrei-me do Acosta e do Super Mário. Pensei em Liedson mas apareceu-me o Pinilla. Ainda murmurei o nome de Rochemback, mas logo chegou Tinga. De pronto saltitou Peseiro, seguido de DC, mister Alzheimer de Alvalade. O Sporting, morre, morre lentamente desde que Roquette e seus acólitos assentaram arraiais no Campo Grande. Não há paixão, ponta de emoção, falam-nos de acções e estabilidade, da importância da formação, da genial Academia, do sistema, falam de tudo, mas de tudo sobra nada. Este é o Sporting de Carlos Freitas, o Sporting que não existe, o universo Made in Chile, o fim do espectáculo. Que fiquem as caleidoscópicas cadeiras, ora vazias, ora preenchidas sem vontade.
Este não é o meu Sporting...

terça-feira, setembro 21, 2004

Brian Clough 



Morreu Brian Clough. O histórico treinador britânico que conseguiu levar a horrível equipa do Nottingham Forest ao topo da Europa dois anos consecutivos, faleceu ontem aos 69 anos. A sua vivacidade, honestidade e respeito pelos profissionais do mundo do futebol (incluindo árbitros), vão fazer falta ao 'continentalizado' futebol britânico. Em boa verdade, Brian Clough era um dos últimos treinadores da velha escola britânica, formada no tempo em que o futebol não era fashion em Inglaterra, mas dominava o futebol europeu. O seu discurso duro e frequentemente politicamente incorrecto sempre contrastou com uma atitude paternalista, originando uma personalidade paradoxal, mas carismática.
Um dos seus últimos legados sãos os artigos mensais escritos na excelente FourFourTwo. Quem os ler, ficará a conhecer melhor este homem, que segundo o Daily Telegraph would give a modern-day club chairman apoplexy.
Fica aqui o tributo dos Teóricos da Bola.

quinta-feira, setembro 16, 2004

Mais do mesmo 

Há uns meses atrás, numa entrevista à RTP, Mourinho, quando questionado sobre a possibilidade de treinar um clube como o Real Madrid, rejeitou-a. Segundo ele, tinha estrelas "a mais", pelo que nunca se adaptaria ao clube. A verdade é que mesmo num clube como o Chelsea, Mourinho não contratou vedetas do mundo da bola, mas sim jogadores de confiança, como Paulo Ferreira, Ricardo Carvalho, Tiago e Drogba. Pelo contrário, a Madrid chegaram Owen, Walter Samuel e Woodgate. Não tão mal como na época anterior, o Real continuou a comprar para o marketing e não para o sucesso. Desse ponto de vista, num plantel com Ronaldo, Raúl e Morientes, a contratação de Owen ainda consegue ser mais aberrante, que a de Beckham no ano passado. Mais uma vez, o treinador ficou ao lado da escolha dos jogadores e no fim de contas, o resultado, pelo menos para já, é o mesmo: humilhação e derrota, tal como ontem, em Leverskusen. Tanto faz ser Camacho como Queirós. Porque como Mourinho apontou de forma perspicaz, o problema nunca esteve no treinador.
Carlos Lisboa, o grande basquetebolista português, nunca gostou de defender. Segundo a sua lógica, "se o adversário marca 100, nós marcamos 101". Provavelmente é essa a mesma lógica que passa pela cabeça de Florentino Perez. Só que o futebol nem é basquete, nem mesmo este se adequa à lógica de Lisboa, que mais ou menos contrariado, sempre teve de defender pelas equipas por onde passava. Embora não seja necessário, nem desejável uma equipa constituída por autómatos, 11 bailarinas também não formam um campeão. Em qualquer grande equipa da História do futebol sempre houve um misto de criadores de ilusões com jogadores-trabalhadores, os chamados carregadores de piano. E o Real não os tem.

quarta-feira, setembro 15, 2004

O Porto empatou, o campeão europeu ganhou 



Os resultados de ontem foram mais uma prova do que eu tenho vindo a defender: o verdadeiro campeão europeu foi Mourinho e não o Porto. É a triste realidade. Triste, na medida em que significa que o futebol ficou refém dos treinadores. Tal como a Grécia conseguiu roubar-nos o título pelas mãos de um genial germânico, também o brilhante setubalense deu o ceptro europeu de clubes aos das Antas (perdão, do Dragão), para espanto dos milionários europeus.
Para quem ainda tem dúvidas em relação a esta teoria basta esperar pelo final da Liga milionária. Se o Chelsea que nunca ganha nada - apesar dos rios de dinheiro que tem gasto, e não só desde a chegada de Abramovich - conseguir suceder ao Porto na lista de Campeões da Europa, verificaremos, que afinal o campeão não mudou, é o mesmo: Mourinho.

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