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quarta-feira, dezembro 07, 2005

palavra de rei 

"Na final de 1962, por exemplo, quando o resultado da final da Taça dos Campeões Europeus, entre o Benfica e o Real Madrid, estava em 3-3, os encarnados beneficiaram de uma grande penalidade. Eusébio, 20 anos, sentiu-se confiante para bater o castigo máximo e é uma delícia ouvi-lo contar, 43 anos depois, as cenas que se seguiram: «Disse, em dialecto, ao senhor Coluna que queria marcar o penalty e pedi-lhe que solicitasse autorização ao senhor Águas para que fosse eu a bater a falta. ‘Oh Lalai’, era assim que Coluna tratava Águas, ‘o miúdo quer marcar o penalty’, ao que este levou as mãos à cabeça ao mesmo tempo que Guttmann, desesperado, atirava o chapéu ao chão. Impávido, Coluna mandou-me marcar a grande penalidade. Foi aí que o guarda-redes do Real Madrid veio ter comigo a chamar-me maricón, maricón e cabrón, cabrón. A segunda coisa, eu sabia o que era, mas como não era casado, não me importei. A primeira, como não sabia o significado, fui perguntar ao senhor Coluna. Ele disse-me que não me importasse e fosse marcar o penalty. Assim fiz, marquei golo – a seguir ainda fiz o 5-3 – e fui cumprimentar o guarda-redes, muito admirado com o meu gesto, depois do que me tinha chamado...» " in A Bola, 07/12/05

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