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quarta-feira, abril 21, 2004

Gelsenkirchen 

É o jogo do século. Ok, 3 anos depois do início do mesmo, tal feito não será por demais impressionante. No entanto, há que admiti-lo, o vencedor da eliminatória entre o FC Porto e o Coruña terá as portas abertas para uma final que será decerto inesquecível. O provável adversário na final: AS Mónaco, a temível equipa dos Rainiers. O local? A deslumbrante Gelsenkirchen. Mourinho sonha recorrentemente com a imponente Allianz Arena. Pinto da Costa pressiona a UEFA para que o arbitro nomeado para a final seja o reputado internacional albânes Murtaj Strakosha ("Fez um óptimo trabalho no Dragão, os azulejos do balneário ficaram um mimo!"). Jorge Costa tenta aprender a localizar Gelsenkirchen num mapa (com a preciosa ajuda de Vítor Baía, que pacientemente o auxilia a dobrar e desdobrar o mesmo - afinal de contas, são 4 dobras e aquilo não encaixa bem). Entretanto Mourinho vai treinando novas coreografias pessoais que pretende usar em Gelsenkirchen aquando do penálti vitorioso de Deco aos 90+10. Compreendendo que o pseudo-choro convulsivo de Sevilha e os pulos de glória na pista de tartan de punho no ar estão já um pouco "démodés", equaciona agora a possibilidade de rasgar a sua triple marfel azul e lançá-la aos Super Dragões, urrando a bons pulmões que "por vocês estava disposto a morrer em campo!". Reinaldo Teles, por sua vez, não deixará de dedicar a Taça a todos aqueles que fizeram com que o FCP se tornasse um exemplo para o mundo do futebol. "Sem o guarda Abel e José Guímaro, Gelsenkirchen não teria sido possível". É bem verdade. Mas sem a agência Cosmos, o Jorge Costa ainda hoje estava na Avenida da Boavista a aprender a ler mapas."Ó pá, eu vou mas é pra casa c******, ainda por cima vai lá hoje o Weah jantar", terá dito o capitão do Porto, num compreensível desabafo de alguém para quem Gelsenkirchen não passa de uma marca de cerveja holandesa.

Tiago

P.S.- Lamento ter aparvalhado o nosso douto blog, mas como todos terão decerto percebido, o autor desta prosa não é o mesmo que realizou as duas peças anteriores. Prometo que daqui por diante farei um esforço para manter o mesmo grau de infantilidade e de (falta) de sentido de humor que bem me caracterizam.
Amanhã: As verdadeiras razões que levaram Dani a abandonar o futebol - "Tive que escolher, ou chutava na bola ou continuava a escrever as crónicas do Eduardo Prado Coelho" - a não perder!

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