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sexta-feira, julho 30, 2004

Os craques da Segunda Circular 

Que política de aquisições assustadora. Não fosse ver o Sporting a comprar mais e mais sul-americanos e os adeptos benfiquistas estariam no direito de achar que o seu clube tem a pior política de entre os três grandes.
Primeiro foi a rábula do guarda-redes. Mesmo tendo o guarda-redes da selecção olímpica e, apesar de tudo, vice-campeão europeu, a dupla Veiga-Vieira achou que o jovem jogador precisava não de um, mais de dois colegas de posição para lhe fazer companhia. Não bastava um para o substituir durante os Jogos Olímpicos (função que Yannick podia fazer na perfeição). E aí surgiu Quim, nº2 da seleção. Tendo em conta que o nº1 da equipa das quinas não é propriamente um poço de confiança e autoridade, contratar o seu suplente nunca pode ser uma óptimo negócio. O que fica para a história é que o Benfica tem, neste momento, 3 guarda-redes de primeira-linha do nosso campeonato (leia-se, com capacidade para lutarem pela titularidade). Um exagero.
E agora de uma penada, a contratação de 3 jogadores estrangeiros: dos Santos, Karadas e Everson. O primeiro, com os seus respeitáveis 30 anos, vem servir de alternativa a Fyssas, pouco mais velho.  Será que para substituir o defesa esquerdo campeão da Europa valia a pena contratar alguém com a mesma idade? O facto de o franco-caboverdiano ser ex-jogador do Marselha, clube que estagiou também em Nyon, quase que nos faz pensar se o Benfica não contratou o defesa esquerdo que estava mais à mão...
De Karadas pouco se sabe, para além dos dois bons jogos que fez contra o Benfica. Pode até revelar-se uma excelente contratação, mas, como já disse anteriormente, será que o Benfica saberia sequer da sua existência, se não tivesse defrontado os noruegueses do Rosenborg na Taça UEFA?
Quanto a Everson, no seguimento de Sokota e Alcides, o Benfica contrata um jogador lesionado. Ele pode até não ser mau, mas será que vale a pena arriscar ir buscar um brasileiro de segunda linha a França?
 E, falando em brasileiros de segunda linha, para quê Paulo Almeida? Do futebol brasileiro todos sabemos que é tudo menos agressivo. Contratar um trinco de qualidade para a Europa exige que este sobressaia bastante no campeonato local. E no caso do novo médio encarnado, ser suplente do Santos não parece, definitivamente, um bom cartão de visita.
Para variar, enquanto a Segunda Circular regojiza com Rogérios, Eversons e afins, no Porto contrata-se com qualidade. Quaresma por Deco foi um negócio da China; Raúl Meireles vale por 3 trincos brasileiros; e Pepe, rejeitado pelo Sporting, tem um grande futuro pela frente. Não se pode, mesmo assim, deixar de estranhar a aquisição de Diego. Jogador de qualidade (tal como era Roger) ocupa a mesma posição de Carlos Alberto, contratado na época transacta. Tendo em conta o forte temperamento dos dois brasileiros, a coabitação pode não ser fácil e era evitável. Mas este é um problema de excesso de qualidade e não de falta desta.
Se não forem os treinadores da Segunda Circular a fazerem a diferença, parece-me que o campeão está encontrado por antecipação.     


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