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domingo, julho 18, 2004

Pedido 

 
 
 
  É sempre assim. No final de uma grande competição futebolística internacional onde Portugal participe, e sobretudo se esta correr de feição para a equipa das quinas – lembro-me apenas do Euro 2000 e do que terminou faz hoje duas semanas – é sempre complicado voltar a vibrar com o início de mais um campeonato nacional, de mais uma Uefa e uma Liga dos Campeões. Qualquer uma destas competições funciona como verdadeira antítese dos grandes eventos. Saltamos de um patriotismo regenerador para o trauliteiro clubismo que nega o outro como tal. Lampiões, dragões e lagartos esfolar-se-ão durante 9 meses, camisolas serão rasgadas, insultos trocados, adeptos esfaqueados, e os poucos que tentarão viver a festa do futebol per se serão tratados como meros acidentes individuais, fugindo de toda a lógica inerente a mais moderna versão da lusitana tribo do futebol.
Queremos menos Loureiros, menos Mourinhos e Jorge Nunos, menos Vieiras e Veigas, menos Cunhas e demais. Queremos mais festa e mais cor, mais adeptos e menos fanáticos, mais paixão, mais bandeiras e cachecóis. Acabem-se com as Juventudes e os Sem Nome, os Super e os Ultras, ponha-se fim ao reinado imprensa/propaganda jornalística, aos programas que vomitam futebol sem sequer falarem do jogo, façam-se mais jogos de dia e menos dias de jogos, salvem a partida e aqueles que gostam de jogá-la, de vivê-la, e de fazer parte dela...

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