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quarta-feira, maio 11, 2005

O talismã do Campo Grande 

De entre todos os estádios construídos para o Euro 2004, talvez por ter sido o único que seria construído independemente da realização do evento, o complexo Alvalade XXI foi aquele que mais uniu os adeptos do seu clube em torno da sua construção. O estádio da Luz foi construído num ápice, quando os benfiquistas ainda sentiam o derrube do antigo (neste aspecto, foi sem dúvida o Benfica o clube que mais sentiu a demolição do seu antigo recinto de jogo) e o Dragão foi visto como algo secundário, quando comparado com a carreira desportiva do clube.
No Sporting a construção do Alvalade XXI foi um projecto que desde o início visou envolver os sócios por forma a mostrar-lhes a importância da construção deste para a revitalização do clube. Assim, apesar de mais pequeno e mais feio que os outros dois, foi sempre visto como uma obra fundamental para o clube, ao nível de um campeonato ou de uma taça. A certo ponto os adeptos sportinguistas mais pareciam membros de uma agência imobiliária, que de um clube desportivo (falando em desportivo, de criticar a ausência no Alvalade XXI de um pavilhão para a prática das chamadas amadoras).
A verdade é que a estratégia surtiu os seus efeitos dentro de campo. O ano passado o Sporting fez uma época em casa fora do normal e este ano foi a possibilidade de disputar uma final europeia no seu próprio estádio que tem dado forças extras à equipa.
Como já abordámos noutro post, esta política só seria possível no Sporting, dos três grandes, o menos preocupado com as vitórias em campo. Mas a verdade é que os dirigente leoninos souberam aproveitar essa identidade específica sportinguista para a materializarem em vitórias dentro do campo.

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