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quinta-feira, março 31, 2005

4 de Julho revisitado 

Ainda custa a acreditar. Em todo o metro de Lisboa o Record anuncia a venda de um livro com a caminhada de Portugal até chegar à final do Euro. Mas é essa mesma final, que cada vez que vejo a Grécia a jogar, cada vez que passam imagens do Euro ou cada vez que vejo qualquer selecção portuguesa das camadas jovens na televisão, me vem constantemente à memória.
Aquele sentimento de invencibilidade, aquela mística que se cria nestes torneios em tornos de equipas ganhadoras, no caso português não foi excepção. E, no entanto, tudo isto se dissipou naquele belo fim de tarde de 4 de Julho de 2004.
Mas, no fundo, o que estava em causa era mais do que uma simples lógica desportiva. Pela primeira vez todo o país acreditou que éramos capazes de ganhar algo de importante, que Portugal não era sempre o país perdedor, pequenino, relegado para o seu papel periférico. Portugal também sabia ganhar. Mas no fim do dia não soube e ao ter perdido com a Grécia, acabou por, de certa forma, reforçar a nossa identidade derrotista, apesar dos festejos depois do jogo, apesar de todos dizerem que somos das melhores selecções, se não mesmo a melhor, da Europa - como os nossos comentadores ontem em Bratislava dizem ter constatado nas ruas da capital eslovaca.
Portugal até pode ser a melhor selecção do mundo, até pode ser campeão do mundo na Alemanha. Mas aquela derrota em nossa casa...

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