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quinta-feira, fevereiro 17, 2005

A culpa é do árbitro 

Desta vez é à UEFA. Depois de ter vencido por 2-1 o Feyenoord de Roterdão, o Sporting decidiu expôr a arbitragem do jogo à UEFA. Um penalti pouco visível por assinalar, uma expulsão justa de Custódio e uma outra expulsão, do treinador José Peseiro, que só ele e o fiscal-de-linha podem saber se foi justa ou não. A verdade, é que, mais uma vez, Portugal vai cair no ridículo de andar a 'chatear' as instâncias superiores do futebol internacional com críticas aos arbitros que apitam os jogos de clubes portugueses.
Visto de fora, parecemos um país de pessoas pouco coerentes. Somos conhecidos pela nossa falta de rigor em todos os sectores da sociedade, mas quando se refere à arbitragem somos os mais rigorosos da Europa, exigindo que qualquer árbitro que tenha a honra de apitar um jogo com uma equipa portuguesa, não cometa qualquer erro. Caso tenha o desplante de o cometer, o caso é directamente remetido para a UEFA, que até já deve ter uma secção só para receber as queixas portugueses. Imaginem-se agora, ingleses ou franceses de nascimento a viver nos respectivos países, amantes do futebol. Qual seria a imagem com que ficariam de Portugal, em termos de futebol? Das duas últimas vezes que fomos ao estrangeiro jogar uma fase final de uma competição internacional, demos murros, pontapés e fizemos diversas ameaças aos familiares dos homens de negro que tiveram o azar de apitar os nossos jogos. Além disso, na Europa do futebol ainda ninguém se esqueceu da acusação que acabou por cair em saco roto, de que em 1985 o Porto comprou o árbitro (romeno, creio) numa eliminatória contra o Aberdeen da Escócia; tal como já veio noticiado por todo o mundo, o caso do 'apito dourado'. Junte-se a isto as dezenas de queixas de clubes portugueses à UEFA e FIFA e já podem concluir sobre o que os europeus mais atentos ao futebol português têm o direito de pensar de nós.

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