<$BlogRSDURL$>

segunda-feira, novembro 15, 2004

Golear para quê? 

O ano passado, com Mourinho, o Porto ganhava quase sempre por 1 ou 2 golos de diferença, raramente empatava e quase nunca perdia. A verdade é que mais do que pelas goleadas, os campeões fazem-se pelos pontos conquistados, o que, normalmente se faz com um simples golo de vantagem. Vencer por mais do que 2 ou 3 só se justifica se for uma eliminatória de uma competição europeia (onde os golos valem ouro), ou se o adversário for tão fraco, que marcar 5 ou 6 seja uma tarefa fácil. Até porque, numa equipa concentrada em ganhar tudo, não há tempo para isso.
Ontem no Sporting-Boavista, como na semana passada no Benfica-Setúbal, houve muito tempo. Em ambas as situações, os clubes da Segunda Circular vinham de duas derrotas por 3-0 e em ambos os casos, golearam o adversário seguinte. Também em ambos os casos, falta qualidade aos plantéis, as exibições são incertas e é frequente passarem de besta a bestial e vice-versa todas as semanas. Estas goleadas foram o espelho da fraqueza destas equipas, do facto de serem capazes do melhor e do pior, sem conseguirem encontrar um ponto de equilíbrio no seu fio de jogo. A instabilidade dentro e fora do campo são a sua imagem de marca.
Do outro lado, sem encantar minimamente, encontra-se o Porto, já em primeiro lugar, com vitórias sobre Benfica e Sporting. Que eu me lembre o resultado mais dilatado do Porto esta época foi a vitória por 3-0 ao Sporting, um resultado gordo, contra um adversário directo, mas sem entrar em excessos.
Até na vitória Benfica e Sporting mostram (pelo menos até Dezembro) não terem estofo de campeão.


Comments: Enviar um comentário

This page is powered by Blogger. Isn't yours?