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quinta-feira, junho 17, 2004

O Imperador 



Ontem vencemos. Jogamos pouco, mas o suficiente para derrotar uma frágil Rússia, demasiado frágil para estar numa competição como o Euro. Também nós apresentamos fragilidades, sobretudo no ataque, sendo incapazes de criar tantas ocasiões de golo como noutros anos e incapazes de concretizar as poucas de que dispomos.
A novidade foi na defesa, muito mais segura que o normal. Se a entrada de Nuno Valente não mudou grande coisa no lado esquerdo, porventura alguma maior acutilância ofensiva, Miguel trouxe uma grande velocidade ao lado direito da selecção. Contudo, o que mudou realmente foi o eixo da defesa, com a entrada de Ricardo Carvalho. Com ele a seu lado, Jorge Andrade é um jogador mais confiante porque sabe que as suas falhas ocasionais são compensadas pelo posicionamento magnífico do central portista.
De todos os centrais que surgiram após o reinado de Beckenbauer, Ricardo Carvalho é o que mais se aproxima do Kaiser: magistral a defender, confiante a conduzir a bola para o ataque, só peca por não assumir mais vezes essa liderança ofensiva - algo que se resolveria se jogasse num sistema de três centrais. De qualquer forma, creio que mais do que Maniche, foi Ricardo Carvalho o principal responsável pela nossa vitória. Em pelo menos duas ocasiões, os russo só não marcaram, nem sequer remataram, porque o central estava lá. Isto quando o resultado estava em 1-0. Com esta defesa será difícil à Espanha marcar-nos qualquer golo. Resta saber se nós conseguiremos marcar.

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