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quarta-feira, junho 09, 2004

Grupo A 



É um grupo acessível para as selecções de Portugal e Espanha, que deverão chegar ao encontro de Alvalade com a qualificação garantida, “escolhendo depois entre si quem preferem defrontar nos quartos-de-final- França ou Inglaterra. Apesar de tudo, deve-se desconfiar da Grécia, selecção orientada pelo competente Otto Renhagel, o carismático treinador alemão que revolucionou a tradicionalmente indisciplinada selecção helénica. Conquistar o grupo de qualificação à frente de Espanha e Ucrânia é feito meritório, e os gregos quererão mostrar em Portugal que têm equipa para disputar a entrada nos quartos. Com o experiente guardião Nikopolidis (que esteve em muito bom plano no amigável de Aveiro), os laterais “portugueses” Seitaridis e Fyssas, os helénicos contam ainda com Giannakopoulos, jogador do Bolton que se destacou na equipa das Midlands, e com o ex-futuro leão Nikolaidis(que poderá não jogar devido a lesão) e com as revelações Charisteas (campeão pelo Werder Bremen) e Vryzas (muito respeitado em Itália). Não surpreenderá de todo se os gregos conseguirem arrancar um empate à equipa das quinas no relvado do Dragão...
Já da Rússia chega-nos uma equipa sem convicções. Individualistas por excelência, há muito que se perdeu o espírito de grupo e a disciplina táctica tão características da defunta selecção da URSS de finais da década de 80. Há pouco mais de 20 anos, a selecção orientada pelo ucraniano Valeri Lobanovsky produzia autênticos recitais da arte da bola, dando uso à pouco ortodoxa táctica do seu treinador – 5 minutos de balanceamento TOTAL no ataque, asfixiando por completo o seu adversário, fosse ele a Islândia ou a poderosa Itália com o seu catennacio – seguido de 10 minutos de troca de bola, o chamado repouso activo...Apenas a laranja mecânica de Van Basten&Co conseguiu dobrar os pupilos do velho lobo.
Hoje, a selecção da Rússia é uma das selecções mais incaracterísticas da europa do futebol. Porventura espelhando as incoerências socias da própria nação, a equipa de Yartsev é um grupo indisciplinado, sem chama, que bastas vezes se esquece de jogar futebol. Com o influente Yegor Titov afastado por consumo de substâncias proibidas aquando da eliminatória com o País de Gales (Ahhh, que bom seria ter Cardiff em peso no nosso país, com jogadores como Ryan Giggs e Craig Bellamy), e tendo perdido a sua dupla de centrais por lesão, Yartsev terá que depositar as suas esperanças na inspiração de Alenitchev, motivadíssimo após a conquista da Liga dos Campeões, e pelo genial capitão do Lokomotiv de Moscovo, Dmitri Loskov, jogador muito parecido na forma de abordar o jogo com o monegasco Ludovic Giuly (infelizmente afastado da selecção francesa por lesão). Surpreendido ficarei se os russos não terminarem o grupo na última posição...

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