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terça-feira, junho 15, 2004

Grupo D 

É o chamado “grupo da morte”. Com Alemanha e Holanda à cabeça e os Checos a espreitarem a sua oportunidade, será possivelmente o mais equilibrado de todos os agrupamentos. A Alemanha de Rudi Voeller terá a oportunidade de confirmar a boa campanha asiática de há dois anos. Sem as estrelas do passado recente que deram títulos aos germânicos durante grande parte da década de noventa (Klinsmann, Matthaeus, Brehme, Kohler), mantém porém um espírito de equipa inigualável, muito por mérito de Voeller, possivelmente o melhor seleccionador alemão desde Beckenbauer. Com a jovem estrela do Estugarda, Kevin Kuranyi, secundado pelo exímio goleador Miroslav Klose, os teutónicos terão em Portugal a oportunidade de provar que, “when it matters”, sabem apresentar resultados.
Já a Holanda de Advocaat continua a ser uma equipa de egos bem marcados. Á laranja mecânica falta-lhe aquilo que os alemães têm de sobra, o já referido espírito de equipa. Na selecção laranja cada um puxa por si, Seedorf não fala com Van Nistelrooy, este não dialoga com Advocaat, Kluivert diz que está melhor bem sozinho lá à frente...Sobra-lhes talento, mas falta a vontade. Possuem decerto uma das melhores linhas avançadas do mundo – Van Nistelrooy, Kluivert, Makaay, Van der Vaart, Jimmy Hasselbaink, mas mantêm grandes handicaps na zona defensiva. Têm potencial para ser campeões da Europa, mas para isso precisariam de saber o que é uma equipa. Que Advocaat os ponha a ver vídeos do Euro-88...
No que diz respeito à simpática Letónia, irá sobretudo marcar presença. Não acredito que sofra goleadas, mas será improvável que conquiste uma vitória que seja. São um grupo engraçado e esforçado, com Verpakovskis e Stolcers à cabeça, mas falta-lhes traquejo internacional para saberem discutir jogos em competições tão importantes. E no entanto, venceram em Estocolmo e empataram na infernal Istambul...
A República Checa poderá ser a grande surpresa desta prova. Depois da final de 1996, e da desilusão nos países baixos, os checos terão em Portugal oportunidade de ouro para se poderem (con)sagrar como uma equipa verdadeiramente campeã. Homens como Pavel Nedved, Milan Baros, Tomas Rosicky, Jan Koller e o nosso bem conhecido Karel Poborsky fazem o sonho de qualquer treinador. Sabem jogar como equipa e têm a vantagem de saber que, caso se qualifiquem no seu grupo, evitam selecções como a França, Inglaterra, Espanha e Portugal(?) nos quartos-de-final. Com a confiança ganha nos jogos do seu agrupamento, e entrando bem nas meias, quem sabe se o troféu Henry Delaunay não acabará por terras de Praga?

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