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sexta-feira, junho 11, 2004

Grupo C 

A Itália é sem dúvida a grande favorita do grupo, por sinal o mais desequilibrado dos quatro. Apontada por muitos como uma das grandes favoritas ao título, o grupo de Trappatoni possui atributos suficientes para alcançar um lugar nas meias-finais, tal como Portugal. Com um ataque rejuvenescido, composto pelo duo romano Totti-Cassano (este último a nova grande esperança transalpina, a par de Gilardino, jogador ainda nos Sub-21) e bem acompanhado na frente pelo inefável Christian Vieri, é no entanto a defesa que poderá tornar-se na grande dor de cabeça de Il Trap. Perdidas as referências Costacurta e Maldini, a juventude da linha mais atrasada dos azuis poderá neste campeonato funcionar ainda como handicap para a renovada selecção. Trappatoni terá que abandonar o seu tradicional jogo defensivo e apostar tudo nas jovens estrelas da sua linha média e avançada, sob pena de encontrar uma nova Coreia que saiba encarar de frente o “wait-and-see” transalpino.
A Suécia é claramente a favorita ao segundo lugar do grupo, e, quiçá, a algo mais neste campeonato. Apesar de não ter impressionado no recente amigável com Portugal, os suecos contam com o regresso do fabuloso Henrik Larsson, veterano avançado do Celtic que poderá muito bem ser uma das surpresas deste torneio. Acompanhado de jovens esperanças como Kim Kallström (o tal do livre directo que bateu-literalmente- Ricardo) e da estrela do Ajax, Zlatan Ibrahimovic, os “canarinhos” da Escandinávia ambicionarão por decerto um lugar nos quartos, e, por que não, nas meias-finais da prova. Resta saber se a dupla-siamesa Soderberg-Lagerback consegue fazer jus à máxima de que duas cabeças pensam melhor que uma...
Bulgária e Dinamarca terão que fazer pela vida se pretendem realmente lutar por algo mais que a presença neste torneio. Os búlgaros estão longe de ser a ambiciosa selecção de há uma década atrás. Sem estrelas como Stoichkov, Balakov&Co, o conjunto dos balcãs dependerá da inspiração de Stilian Petrov, creativo médio do campeão escocês, Berbatov, médio do Leverkusen, e do avançado Manchev, que despontou este ano ao serviço dos franceses do Lille.
Já da Dinamarca poder-se-ia esperar mais. Orientados pelo experiente Morten Olsen, os dinamarqueses que tamanho furor provocaram no início da década de 90 continuam a ser uma das selecções mais acarinhadas na Europa. Em 98 fizeram frente ao Brasil nos quartos de final do campeonato do mundo, então ainda com os Laudrup e Peter Schmeichel. Hoje, e apesar de possuírem nos seus quadros jovens esperanças e alguns valores certos como Rommedahl e Tomasson, perderam as referências do passado que tanto contribuíram para elevar a pequena nação escandinava ao topo do futebol europeu. Mas com a Dinamarca nunca fiando...

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